O Nepal está mergulhado em uma crise política sem precedentes, marcada por invasões a hotéis de políticos, o bloqueio de 26 redes sociais e protestos que já resultaram em dezenas de mortos. A situação escalou rapidamente, culminando na queda do governo e em um cenário de extrema tensão no país, afetando até mesmo cidadãos estrangeiros que se encontravam no território. A proibição do uso de plataformas como Facebook, X (antigo Twitter) e TikTok, justificada pelo governo como uma medida para controlar a disseminação de desinformação e manter a ordem pública, acabou por sufocar o debate democrático e isolar a população em um momento crítico. A jogadora mineira que teve seu hotel invadido relatou o susto e o medo vividos, evidenciando o clima de insegurança generalizado que se instalou. A complexidade da situação se agrava com as diversas facetas da crise, que envolvem disputas pelo poder, descontentamento social e a utilização de medidas drásticas por parte das autoridades. Esse cenário levanta questionamentos sobre os limites da liberdade de expressão e o papel da tecnologia na manutenção da estabilidade política e social, especialmente em países em desenvolvimento que lidam com desafios democráticos. A instabilidade no Nepal não é um fenômeno isolado, mas reflete tensões mais amplas em regiões que buscam consolidar suas instituições democráticas diante de pressões internas e externas, e a eficácia de medidas como o bloqueio de redes sociais como ferramenta de governança é frequentemente debatida por sua natureza coercitiva e potencial para agravar conflitos ao invés de resolvê-los. A comunidade internacional observa com preocupação os desdobramentos no país, temendo um agravamento da crise humanitária e política, e esperando que soluções pacíficas e democráticas prevaleçam para restaurar a ordem e a estabilidade no Nepal, permitindo que o país retome seu caminho de desenvolvimento e progresso. A forma como o Nepal gerenciar essa crise determinará não apenas seu futuro político, mas também servirá como um estudo de caso sobre os desafios da governança na era digital e a busca por um equilíbrio entre segurança nacional e direitos fundamentais em um contexto de instabilidade social e protestos.