A decisão do Tribunal Regional Federal manteve a prisão de Thiago Hélio Justo, mais conhecido como TH Joias, em prisão preventiva ao lado de mais 13 suspeitos. A investigação, que se estende por mais de um ano, aponta para a existência de uma sofisticada operação de lavagem de dinheiro, na qual a marca de joias de Justo teria desempenhado um papel central na ocultação de valores. As autoridades suspeitam que as peças de alto padrão, muitas delas confeccionadas com materiais preciosos roubados ou de origem duvidosa, serviam como meio de transação para membros de facções criminosas e indivíduos envolvidos em atividades ilícitas, incluindo o tráfico de entorpecentes. O trânsito de TH Joias em círculos de influência, incluindo o de autoridades policiais e personalidades públicas, também está sob escrutínio, levantando questões sobre possíveis conivências e facilitação de crimes. A estratégia da quadrilha envolveria a criação de notas fiscais frias e a utilização de interpostas pessoas para maquiar a origem ilícita dos fundos. A rede criminosa teria movimentado milhões de reais em transações não declaradas, com muitos dos bens adquiridos sendo posteriormente revendidos ou utilizados como forma de pagamento em atividades ilegais. Como parte da investigação, foram apreendidas diversas peças de joalheria, equipamentos de fabricação e grande quantidade de dinheiro em espécie, além de apreensões em contas bancárias dos envolvidos. As autoridades continuam a mapear a extensão total da rede e a identificar todos os beneficiários do esquema fraudulento, com o objetivo de desmantelar completamente a operação e recuperar os ativos desviados. Há relatos de que as joias eram frequentemente customizadas e entregues em eventos sociais privados, ampliando o alcance da influência do grupo, que buscava constantemente legitimar suas operações por meio da ostentação e de uma imagem de sucesso no mercado de luxo.