O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, declarou em depoimento à CPMI do INSS que não informou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as fraudes ocorridas no Instituto Nacional do Seguro Social. A declaração foi feita em uma sessão que se estendeu por quase 10 horas, marcada por discussões acaloradas e a possibilidade de o ex-ministro retornar para novas explicações. Lupi reiterou que, embora tenha conhecimento de nomeações para cargos no INSS, ele se distanciou de qualquer responsabilidade direta sobre as fraudes em descontos e procurou preservar a imagem do presidente Lula durante sua participação na comissão. Essa postura visa a isentar o governo federal de envolvimento nos esquemas fraudulentos que estão sendo apurados pela CPMI. A senadora Eliziane Gama, por sua vez, elogiou o depoimento de Lupi, indicando uma linha de defesa ou cooperação por parte do ex-ministro com os trabalhos da comissão, o que pode influenciar o rumo das investigações e os próximos passos da CPMI. A complexidade dos casos de fraude no INSS, que envolvem desde benefícios indevidos até desvios de valores, tem sido o cerne das apurações, com a CPMI buscando identificar não apenas os executores diretos, mas também as possíveis falhas de gestão e controle que permitiram a proliferação dessas irregularidades. A atuação de Lupi na CPMI configura um momento crucial para esclarecer as responsabilidades e a linha de comando dentro do Ministério durante o período em que as fraudes ganharam escala. A busca por transparência e a punição dos responsáveis são os principais objetivos da comissão, que segue com suas investigações.