Angela Ro Ro, cujo nome completo era Ângela Maria Aparecida de Almeida, nos deixou nesta quarta-feira (21), aos 75 anos, no Rio de Janeiro. A notícia de seu falecimento repercutiu profundamente no meio artístico e entre seus admiradores, que a celebravam como uma das vozes mais potentes e originais da Música Popular Brasileira. Sua carreira, marcada por uma personalidade forte e letras carregadas de emoção, conquistou o público e a crítica ao longo de décadas. A artista, conhecida por sua voz potente e por suas composições que frequentemente abordavam temas de amor, política e o cotidiano, deixa um vazio significativo na MPB. Nascida em Descalvado, interior de São Paulo, Angela Ro Ro iniciou sua carreira musical nos anos 1970 e rapidamente se destacou por seu estilo único, que mesclava influências do samba, do jazz e da bossa nova. Sua irreverência e sua postura autêntica diante da vida e da arte a tornaram uma figura querida e respeitada por diferentes gerações. O legado de Angela Ro Ro transcende suas gravações; ela inspirou inúmeros artistas e sua música continua a tocar corações com sua crueza e beleza. A cantora e compositora também era conhecida por suas letras ousadas e muitas vezes controversas, que refletiam sua visão particular do mundo e de seus relacionamentos. Sua abordagem franca e sem rodeios sobre temas como a liberdade sexual e os relacionamentos amorosos a estabeleceu como uma pioneira, abrindo caminhos para discussões mais abertas na sociedade brasileira. Ao longo de sua trajetória, Angela Ro Ro lançou diversos álbuns aclamados pela crítica, como “Angela Ro Ro” (1979), “Milagre 2” (1980) e “Giza” (1991), que consolidaram sua posição como uma das grandes intérpretes da música brasileira. Sua passagens por programas de televisão também ficaram marcadas pela sua espontaneidade e pelas declarações sinceras, que cativavam o público. A notícia de seu falecimento foi lamentada por colegas de profissão e personalidades da cultura, que exaltaram sua coragem, seu talento e a importância de sua contribuição para a MPB. O sentimento geral é de profunda tristeza pela perda de uma artista tão singular e querida. Seu estilo musical, que muitas vezes fugia das convenções, era uma extensão de sua própria personalidade. Ela não tinha medo de experimentar, de ser diferente, e é exatamente essa autenticidade que a eterniza na memória afetiva de seus fãs e na história da música do Brasil. A trajetória de Angela Ro Ro é um testemunho de perseverança e paixão pela arte, mesmo diante de desafios pessoais e da complexidade da indústria musical.