O Grito dos Excluídos e Excluídas anuncia a convocação de atos em aproximadamente 40 cidades brasileiras para este domingo, 7 de setembro. O movimento social, que chega à sua 31ª edição, tem como pauta central a defesa intransigente da democracia e da soberania nacional, em um contexto de polarização política e de preocupações com retrocessos democráticos. A mobilização visa também repudiar qualquer forma de anistia a envolvidos em tentativas de golpe de estado, reforçando o compromisso com a justiça e a responsabilização de quem atentou contra as instituições democráticas do país. A organização ressalta a importância da participação popular para a reafirmação dos valores democráticos e dos direitos conquistados pela sociedade brasileira ao longo de sua história recente, especialmente após o período da ditadura militar. A iniciativa busca conscientizar a população sobre os desafios atuais e a necessidade de vigilância constante para a preservação do Estado Democrático de Direito. Neste ano, as atividades do Grito dos Excluídos ganham destaque com a forte participação feminina na organização e convocação dos eventos. Mulheres de todo o país estão sendo chamadas a ocupar as ruas em defesa da soberania nacional e da igualdade de gênero, evidenciando o papel fundamental da mulher na construção e na defesa da democracia. Essa mobilização feminina adiciona uma camada de significado às manifestações, conectando as lutas por direitos sociais e políticos com a agenda feminista, que busca combater o machismo estrutural e garantir a participação plena das mulheres na esfera pública e privada. A pluralidade de vozes e experiências presentes nesses atos reforçam o caráter inclusivo do Grito dos Excluídos. O Partido dos Trabalhadores (PT) também aderiu à convocação e organiza seus próprios atos em diversas localidades, com linhas de ação semelhantes às do Grito dos Excluídos. A legenda enfatiza a necessidade de defender a democracia, a justiça social e os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. A convocação do PT busca ampliar o alcance das mobilizações, engajando uma base mais ampla da sociedade civil e de setores progressistas em defesa de políticas públicas inclusivas e na crítica aos modelos econômicos que perpetuam a desigualdade. A união de diferentes forças políticas e sociais demonstra a relevância da data e a preocupação coletiva com o futuro do Brasil. A série de atividades previstas para o 7 de setembro reflete um período de intensa mobilização em diversas frentes, contrastando com as manifestações de grupos bolsonaristas que também têm agenda para a data. O Grito dos Excluídos e seus aliados buscam, com estas manifestações, criar um contraponto às narrativas que questionam a legitimidade das instituições e promovem a desinformação. A articulação dessas diversas vozes é um indicativo claro da efervescência política e social no Brasil, onde a celebração da independência do país se entrelaça com debates urgentes sobre o presente e o futuro da nação.