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Brasil pode precisar de energia nuclear para defesa da soberania, diz Ministro de Minas e Energia

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, levantou o debate sobre a necessidade de o Brasil se planejar para o desenvolvimento da energia nuclear com foco em defesa da soberania nacional. Segundo o ministro, em longo prazo, o país poderá vir a precisar dessa tecnologia como um instrumento de proteção de seus interesses e de garantia de sua autonomia. Esta declaração surge em um contexto global de reavaliação das capacidades estratégicas por diversas nações, onde a energia nuclear detém um papel ambivalente, tanto para geração de energia limpa quanto para dissuasão e segurança. A menção à defesa da soberania sugere uma visão aprofundada sobre os desafios geopolíticos e a importância de possuir recursos tecnológicos avançados para manter a independência e a integridade territorial em um cenário internacional cada vez mais complexo e competitivo. A estratégia nuclear, quando pensada para defesa, não implica necessariamente no desenvolvimento de armamentos, mas sim na capacidade de dissuasão e na proteção contra ameaças convencionais e não convencionais, além de salvaguardar infraestruturas críticas. A discussão sobre energia nuclear no Brasil tem sido historicamente ligada à sua utilização civil, com empreendimentos como as usinas de Angra dos Reis, que visam suprir a demanda energética do país de forma sustentável. No entanto, a afirmação do ministro amplia o escopo dessa discussão, inserindo a energia nuclear no campo estratégico da defesa nacional, o que pode demandar investimentos em pesquisa, desenvolvimento tecnológico, formação de pessoal qualificado e adaptação da legislação e das políticas públicas voltadas para o setor. A decisão de investir em defesa nuclear, caso se concretize, seria um marco na política externa e de segurança do Brasil, alinhando o país a outras potências que já possuem ou que desenvolvem capacidades nucleares com propósitos defensivos, sempre sob o rigoroso escrutínio e as salvaguardas internacionais.