O presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou um pronunciamento em vídeo para as celebrações do Dia da Independência, em 7 de Setembro. A gravação, que não teve detalhes de seu conteúdo divulgados, indica a intenção do governo em marcar presença nas comemorações e dialogar diretamente com a população neste dia de significativa importância histórica e cívica para o Brasil. A expectativa é que o discurso aborde temas relevantes para o país e reforce a mensagem de união nacional.

Paralelamente ao pronunciamento presidencial, o governo federal lançou uma campanha publicitária focada em ressignificar o uso da camiseta amarela, símbolo tradicionalmente associado à Seleção Brasileira de futebol, mas que, em determinados contextos políticos recentes, tornou-se alvo de polarização. A campanha, segundo análises, busca associar o verde e amarelo ao patriotismo genuíno e à identidade nacional, distanciando-o de conotações de grupos específicos e promovendo seu uso como expressão de amor ao Brasil.

A estratégia do governo, ao vincular o patriotismo à Seleção Brasileira, busca criar uma ponte com um sentimento amplamente compartilhado pela população, independentemente de suas inclinações políticas. A camisa da seleção, utilizada em Copas do Mundo e outros eventos esportivos, tem um forte apelo emocional e unificador. Ao empregar essa imagem, o Planalto almeja recuperar um símbolo nacional que foi instrumentalizado por parte da oposição.

Este movimento do governo também pode ser interpretado como uma resposta a declarações e campanhas de figuras políticas internacionais, como o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que utilizou símbolos pátrios americanos em seus eventos. A campanha brasileira parece incorporar a tática de se apropriar de elementos visuais e simbólicos associados ao nacionalismo para reforçar a própria narrativa de governo e buscar um maior engajamento popular, especialmente em um ano que antecede eleições em diversos níveis no Brasil.