O deputado estadual do Rio de Janeiro, TH Joias, foi detido em uma operação policial que investiga seu suposto envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho. Segundo as autoridades, a finalidade dos mandatos do deputado era unicamente beneficiar o grupo criminoso, atuando como um intermediador de armas. A investigação aponta para uma rede complexa de atividades que visavam fortalecer a organização criminosa dentro do estado. A Polícia Federal revelou que TH Joias teria empregado a esposa de um traficante conhecido como “Índio do Lixão” em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), com o objetivo de criar um álibi para suas atividades ilícitas. Essa estratégia demonstra a sofisticação com que a facção e seus supostos colaboradores operavam para evadir a detecção pelas forças de segurança. As investigações também revelaram que a clientela de TH Joias incluía figuras proeminentes do mundo do funk e jogadores de futebol, além de envolver joias de alto valor com cerca de um milhão de reais. Essa lista de associados sugere uma influência que transborda os limites do crime organizado, alcançando diversos setores da sociedade e levantando questões sobre a extensão da infiltração criminosa. O caso ganha contornos ainda mais graves com a acusação de que o deputado teria atuado diretamente na intermediação de armas. A Promotoria enfatizou que a atuação do parlamentar tinha como objetivo principal o fortalecimento do Comando Vermelho, evidenciando um padrão de conduta criminosa que se alinha diretamente com os interesses da facção. A prisão de TH Joias representa um duro golpe nas estruturas que sustentam o crime organizado no Rio de Janeiro, levantando debates sobre a necessidade de maior fiscalização e controle sobre os representantes eleitos e suas conexões.