A renomada exposição “A Ecologia de Monet” no Museu de Arte de São Paulo (Masp) está em seus últimos dias, e para celebrar e permitir que mais pessoas apreciem as obras do mestre impressionista Claude Monet, o museu estendeu seus horários de visitação. Nesta semana, o Masp funcionará excepcionalmente até a meia-noite, oferecendo uma oportunidade única para os visitantes desfrutarem das paisagens e técnicas que definiram o movimento impressionista.

Além do horário estendido, o Masp anunciou que a entrada para a exposição será gratuita durante esta última semana. Essa iniciativa visa democratizar o acesso à arte e proporcionar a todos a chance de mergulhar no universo visual de Monet, explorando como ele via e representava a natureza, um tema central em sua obra e na própria exposição. A decisão reflete o grande interesse do público e o sucesso da mostra.

Claude Monet (1840-1926) é amplamente considerado um dos fundadores do Impressionismo, um estilo de pintura que se caracteriza pela ênfase na representação fiel da luz e de suas variações, usando pinceladas soltas e cores vibrantes. Sua obsessão pela luz e pela atmosfera o levou a pintar o mesmo motivo diversas vezes, em diferentes momentos do dia e do ano, como suas famosas séries das Catedral de Rouen, dos Montes de Feno e das Ninfeias. A exposição “A Ecologia de Monet” foca justamente nessa relação intrínseca entre o artista e a natureza.

A curadoria da exposição explora como Monet não apenas pintava a natureza, mas também como ele a interagia e a transformava em sua arte. Seus jardins em Giverny, que ele cultivou meticulosamente, tornaram-se sua principal fonte de inspiração, especialmente o famoso jardim de nenúfares. Essa abordagem reflete um conceito de ecologia artística, onde o artista e o ambiente coexistem e se influenciam mutuamente, criando uma profunda ressonância entre a obra de arte e o mundo natural que a inspirou. A visita noturna, sob a iluminação especial do museu, promete uma experiência ainda mais imersiva e contemplativa das obras.