O deputado Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos desde março, participou de forma remota de uma audiência na Câmara dos Deputados. Durante sua intervenção virtual, o parlamentar fez duras críticas ao Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e defendeu a anistia, reiterando sua posição em relação às investigações em curso. Esta participação a distância levanta questões sobre a efetividade do controle parlamentar e a presença dos deputados nas atividades legislativas, especialmente quando os congressistas se encontram fora do país por períodos prolongados. A justificativa para a ausência física em Brasília se conecta a uma agenda pessoal, mas os desdobramentos de suas declarações continuam a gerar debates políticos e jurídicos. As falas de Eduardo Bolsonaro ecoam um discurso de contestação às decisões do STF e à atuação de seus membros, em particular do Ministro Moraes, que tem sido alvo de repetidas críticas por parte de setores alinhados ao deputado. A defesa da anistia, nesse contexto, pode ser interpretada como um movimento político que visa revisar ou invalidar ações judiciais consideradas arbitrárias por estes setores, gerando controvérsia sobre os limites da atuação judicial e legislativa. A repercussão dessas declarações se estende por diversos veículos de comunicação e plataformas digitais, evidenciando a polarização política que marca o cenário brasileiro. A comissão da Câmara onde Eduardo Bolsonaro se manifestou abriu um espaço para que ele pudesse reafirmar suas posições, demonstrando a importância que suas opiniões possuem dentro de determinados grupos políticos e a atenção que sua figura desperta no debate público nacional, mesmo quando distante fisicamente do parlamento. A situação de Eduardo Bolsonaro, participando de debates legislativos em seu país natal a partir do exterior, com críticas contundentes a autoridades judiciais, acentua a complexidade da política contemporânea e os desafios impostos pela tecnologia às instituições democráticas. A sua permanente contestação ao sistema judicial e a defesa de medidas como a anistia demonstram um posicionamento político que busca influenciar o curso de eventos significativos para a política brasileira, com repercussões que transcendem as fronteiras nacionais e a atuação parlamentar estrita.