A Geração Z, composta pelos nascidos aproximadamente entre meados da década de 1990 e o início dos anos 2010, possui características e costumes que frequentemente geram um misto de incompreensão e fascínio em gerações mais velhas, como os Millennials, a Geração X e os Baby Boomers. Um dos aspectos mais notáveis é a relação intrínseca com a tecnologia e as redes sociais, que molda profundamente suas interações, sua comunicação e até mesmo sua percepção de mundo. Essa imersão digital desde cedo resulta em linguagens próprias, com gírias e abreviações que podem soar enigmáticas para quem não está familiarizado com o ambiente online em que cresceram.

Outra peculiaridade marcante é a abordagem em relação ao trabalho e à carreira. Muitos representantes da Geração Z priorizam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, buscam propósito em suas atividades e demonstram uma flexibilidade maior em relação a modelos tradicionais de emprego, como a estabilidade em uma única empresa por muitos anos. Isso contrasta com gerações anteriores que, em muitos casos, valorizavam mais a ascensão em hierarquias corporativas e a segurança financeira de longo prazo, mesmo que isso implicasse em sacrifícios na vida pessoal. Essa nova mentalidade também se reflete na busca por empreendedorismo e na valorização da criatividade e da autonomia.

No âmbito do entretenimento e do consumo de mídia, a Geração Z também apresenta preferências distintas. O consumo de conteúdo é predominantemente em formato de vídeo curto, através de plataformas como TikTok e Instagram Reels, e o engajamento com influenciadores digitais é elevado. Diferentemente de gerações que cresceram com a televisão aberta ou o cinema como principais fontes de lazer, a Z prefere a personalização e a interatividade oferecidas pelo ambiente digital. Essa preferência por conteúdos rápidos e dinâmicos exige uma adaptação constante por parte das empresas e produtores de conteúdo que desejam alcançar esse público.

Finalmente, a Geração Z tem demonstrado uma consciência social e ambiental mais aguçada, muitas vezes exigindo das marcas e das instituições um posicionamento claro em relação a temas como sustentabilidade, diversidade e inclusão. Essa postura ativa e engajada, embora possa parecer idealista para alguns, é um reflexo de um mundo mais conectado e informado, onde as informações e as opiniões circulam com grande velocidade. Compreender essas oito manias não se trata apenas de observar um fenômeno geracional, mas de entender as transformações sociais e comportamentais que estão redefinindo o futuro.