Dieta Mediterrânea e a Redução do Risco de Demência e Alzheimer
A dieta mediterrânea, conhecida por sua ênfase em alimentos frescos, vegetais, frutas, grãos integrais, azeite de oliva e peixes, tem sido associada a uma série de benefícios para a saúde, incluindo a proteção contra doenças cardiovasculares e o controle do peso. No entanto, pesquisas mais recentes têm destacado seu papel crucial na saúde cerebral, com evidências robustas sugerindo que ela pode reduzir o risco de desenvolver demência e Alzheimer em até 35%. Este achado é particularmente promissor para indivíduos que possuem fatores de risco genéticos, como a presença do gene APOE4, um dos principais contribuintes para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. A capacidade da dieta mediterrânea de mitigar esses riscos genéticos abre novas perspectivas para a prevenção e o manejo dessa condição neurodegenerativa debilitante. A combinação da dieta mediterrânea com abordagens como a dieta cetogênica mediterrânea também surge como uma estratégia promissora, explorando sinergias entre diferentes padrões alimentares para otimizar a saúde cerebral e combater o declínio cognitivo. O azeite de oliva extra virgem, um pilar da dieta mediterrânea, é rico em polifenóis com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, fundamentais para proteger os neurônios contra o estresse oxidativo e a inflamação, processos diretamente ligados ao desenvolvimento da demência. Além disso, o consumo regular de peixes gordurosos, como salmão e sardinha, garante uma ingestão adequada de ácidos graxos ômega-3, essenciais para a estrutura e função das membranas celulares cerebrais e com comprovados efeitos neuroprotetores. O consumo de nozes e sementes, também característico dessa dieta, fornece vitamina E e outros antioxidantes que combatem os danos dos radicais livres, enquanto as frutas e verduras coloridas oferecem uma vasta gama de vitaminas, minerais e fitonutrientes que promovem a saúde geral do cérebro e do corpo. A pesquisa sugere que a aderência a longo prazo a este padrão alimentar pode não apenas desacelerar o processo de envelhecimento cerebral, mas também melhorar a função cognitiva em pessoas mais velhas, mesmo naquelas que já apresentam alguns marcadores de declínio cognitivo, reforçando a importância da nutrição como uma ferramenta poderosa na manutenção da saúde neurológica ao longo da vida.