A Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um alerta contundente sobre os altos preços das acomodações em Belém, no Pará, cidade que sediará a Conferência das Partes (COP30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) em 2025. A entidade internacional enfatizou a necessidade de o Brasil intervir para garantir preços mais acessíveis para os participantes do evento, fundamental para as discussões sobre o combate às mudanças climáticas e a proteção da Amazônia. Atualmente, apenas 18 das delegações internacionais que deverão comparecer à COP30 confirmaram suas hospedagens, e um levantamento aponta que aproximadamente 90% delas manifestam insatisfação generalizada com os valores praticados na capital paraense, o que pode comprometer a presença e a participação de diversos países em um dos eventos climáticos mais importantes do mundo. A preocupação da ONU reflete um desafio logístico e econômico significativo para o Brasil, que tem a responsabilidade de sediar um encontro de grande magnitude, reunindo líderes mundiais, cientistas, ativistas e representantes da sociedade civil de diversas nações. A questão dos altos custos de hospedagem, aliada à complexidade de organizar eventos de tal porte, adiciona uma camada de tensão às semanas que antecedem a COP30, um momento crucial para o debate ambiental global, especialmente em um contexto onde a Amazônia assume protagonismo como palco das conversas sobre o futuro do planeta. A meta de atrair a presença de líderes de países amazônicos, como apelou o presidente Lula, torna a questão da acessibilidade e da infraestrutura ainda mais crítica, pois a participação efetiva desses líderes é vista como essencial para a robustez das discussões e para a busca de soluções conjuntas para os desafios ambientais enfrentados pela região. As autoridades brasileiras negam, no entanto, a possibilidade de oferecer subsídios diretos para a hospedagem, o que coloca a responsabilidade de encontrar alternativas em um cenário de negociação entre o setor hoteleiro, órgãos públicos e as delegações estrangeiras, buscando um equilíbrio para garantir a viabilidade e o sucesso do evento. Em resposta à elevada demanda e às crescentes preocupações com a acomodação, a organização da COP30 anunciou a formação de uma força-tarefa dedicada a resolver os problemas de hospedagem. Esta iniciativa visa agilizar os processos de reserva e encontrar soluções viáveis para garantir que todas as delegações e participantes tenham um local adequado para se hospedar durante o período da conferência, reforçando o empenho em superar os obstáculos logísticos e promover um ambiente propício para o diálogo e a cooperação climática internacional. O sucesso da COP30 em Belém não depende apenas da qualidade das discussões e dos acordos que serão firmados, mas também da capacidade do Brasil em oferecer uma infraestrutura adequada e acessível, demonstrando seu compromisso em sediar um evento de impacto global e em servir como anfitrião para as nações que buscam um futuro mais sustentável. A pressão da ONU por preços mais baixos é um reflexo da importância atribuída à participação inclusiva e representativa na conferência. A questão da hospedagem é apenas um dos muitos desafios que o Brasil enfrenta para garantir o êxito da COP30, um divisor de águas para as políticas climáticas globais e para a preservação da Amazônia. A forma como o país lidará com estas questões logísticas e econômicas será um indicativo de sua capacidade de organização e de seu comprometimento com a agenda ambiental internacional. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, esperando que as barreiras financeiras não impeçam a participação de países e de representantes importantes para o debate climático. A colaboração entre o governo brasileiro, a iniciativa privada e os órgãos internacionais será crucial para garantir que a COP30 seja um marco histórico nas negociações sobre o clima e um testemunho da capacidade brasileira de sediar eventos de relevância mundial.