A três meses da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que terá Belém do Pará como sede, um quarto dos países participantes ainda não tem hospedagem confirmada. Essa incerteza gera apreensão e críticas por parte de representantes de nações estrangeiras, que relatam dificuldades em encontrar acomodações adequadas e acessíveis na capital paraense. A falta de infraestrutura hoteleira suficiente e a alta demanda prevista para o evento colocado a organização sob pressão.

O governo brasileiro tem montado uma força-tarefa para lidar com os desafios logísticos, incluindo a busca por soluções de hospedagem mais econômicas e a negociação com estabelecimentos. A intenção é garantir que todas as delegações tenham um local para se hospedar, evitando que a questão da infraestrutura hoteleira se torne um obstáculo para a realização da conferência. O governo do Pará, por sua vez, aponta que a logística de Belém enfrentará um verdadeiro teste de fogo, dada a complexidade do evento.

Representantes de alguns países já expressaram frustração, com um panamenho chegando a afirmar que o país está sendo tratado como tolo em relação à organização do evento. Essa declaração reflete a insatisfação com a lentidão na resolução de questões cruciais para a participação efetiva das delegações. A necessidade de oferecer soluções de hospedagem eficientes e com preços justos é fundamental para garantir a representatividade e o bom andamento das discussões sobre as mudanças climáticas.

O governo brasileiro pretende enfatizar Belém como sede da COP30, buscando não afugentar as delegações com a percepção de dificuldades logísticas. O objetivo é transmitir confiança e organização, mostrando que os preparativos estão avançando, apesar dos desafios. A COP30 é uma oportunidade única para discutir o futuro do planeta, e a minimização de gargalos na organização é essencial para o sucesso do evento e para a imagem do Brasil no cenário internacional.