Um corpo de evidências emergente publicado em diversas fontes como O Globo, Folha de S.Paulo, Gizmodo.com.br, Bahia Verdade e Época Negócios indica uma linha de investigação intrigante: a possibilidade de que o exercício extremo, exemplificado pela participação em maratonas, possa estar associado a um risco elevado de desenvolver câncer de cólon, especialmente em populações jovens e previamente saudáveis. Essa hipótese desafia a crença comum de que todo exercício físico é inerentemente benéfico e levanta questões cruciais sobre os limites da atividade física e seus potenciais efeitos adversos em nível molecular e fisiológico. A comunidade científica agora se debruça sobre os mecanismos que poderiam explicar essa conexão, desde alterações no microbioma intestinal até respostas inflamatórias crônicas induzidas pelo estresse físico prolongado. A exploração aprofundada desses fatores é vital para redefinir as diretrizes sobre a prática de exercícios e a saúde preventiva, especialmente para atletas de elite e indivíduos que se submetem a regimes de treinamento rigorosos por longos períodos. A compreensão dos gatilhos específicos dentro do contexto do exercício extremo é o próximo passo para mitigar riscos e garantir a segurança a longo prazo dos praticantes de atividades físicas de alta intensidade, assegurando que os benefícios conhecidos da atividade física não sejam ofuscados por consequências imprevistas, mas potenciais, na saúde em longo prazo. Além disso, a pesquisa em andamento busca identificar biomarcadores e fatores de risco modificáveis que possam auxiliar na detecção precoce e na prevenção secundária, visando proteger a saúde de atletas e entusiastas do esporte que dedicam suas vidas à superação de limites físicos, garantindo que a busca pela excelência atlética não comprometa o bem-estar futuro. A relação complexa entre estresse físico, inflamação e saúde do cólon é um campo fértil para descobertas futuras, com implicações significativas para a medicina esportiva e a saúde pública em geral.