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Guillermo del Toro recusa IA em Frankenstein e revela detalhes de produção

Guillermo del Toro, conhecido por sua paixão pelo cinema de monstro e por sua abordagem detalhista na construção de mundos fantásticos, declarou publicamente sua recusa em utilizar inteligência artificial (IA) em seu aguardado filme Frankenstein. Para o cineasta, a essência da arte cinematográfica reside na conexão humana e na imperfeição inerente ao processo criativo artesanal. “Não quero simulações”, afirmou Del Toro, enfatizando que a tecnologia de IA, em sua visão, não pode replicar a alma e a emoção que um toque humano confere a uma obra de arte. Essa posição ressoa com sua carreira, marcada por efeitos práticos impressionantes e um profundo respeito pela construção de personagens e cenários tangíveis, que muitas vezes se tornam ícones do cinema de gênero. A decisão de Del Toro pode impulsionar um debate sobre o papel da tecnologia na indústria cinematográfica e a importância de preservar o valor da criatividade humana frente aos avanços da automação.

O filme Frankenstein, baseado no clássico literário de Mary Shelley, já possui datas de lançamento definidas, gerando grande expectativa entre os fãs. O longa chegará às telonas em 23 de outubro de 2024, e posteriormente estará disponível no catálogo da Netflix, consolidando a parceria entre o diretor e a plataforma de streaming. Essa estratégia de lançamento duplo, com estreia cinematográfica seguida por disponibilidade no streaming, tem se tornado cada vez mais comum, buscando atingir um público mais amplo e diversificado. A escolha de plataformas distintas para cada fase da divulgação do filme também demonstra um planejamento cuidadoso para maximizar o impacto e a visibilidade da produção, especialmente considerando a força de ambas as janelas de exibição.

Os pôsteres divulgados recentemente aumentam ainda mais a curiosidade sobre a adaptação de Del Toro. As imagens, descritas como intrigantes, dão um vislumbre do tom e da estética que o diretor pretende imprimir à história. Com Jacob Elordi no papel principal, a expectativa é que Del Toro traga uma nova perspectiva para o mito de Frankenstein, explorando os dilemas éticos e filosóficos que a criatura e seu criador enfrentam. Sua filmografia sugere que o filme poderá abordar temas complexos como a solidão, a busca por identidade e a natureza da humanidade, além de oferecer um espetáculo visualmente deslumbrante que se tornará marca registrada de suas obras.

A obra de Mary Shelley, publicada em 1818, continua a ressoar através das gerações, servindo como ponto de partida para inúmeras adaptações em diversas mídias. A reputação de Guillermo del Toro como um mestre em reinterpretar contos clássicos com uma abordagem única e pessoal sugere que seu Frankenstein pode se tornar um marco na história do cinema. Sua dedicação ao cinema de horror com substância, que vai além do susto para provocar reflexão, é um dos fatores que mais animam cinéfilos e críticos, que antecipam uma releitura profunda e visualmente rica do eterno conflito entre criador e criatura.