Em uma série de telefonemas recentes, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou um forte engajamento em pautas internacionais cruciais para o Brasil. Uma das prioridades destacadas foi a crítica às tarifas impostas pelos Estados Unidos, uma postura que reitera a visão brasileira de um comércio global mais equitativo e livre de barreiras protecionistas que possam prejudicar economias emergentes. Essa crítica ao tarifação unilateral sinaliza a busca por um ambiente de negócios mais previsível e benéfico para o país.O diálogo com o Presidente francês Emmanuel Macron também se concentrou em impulsionar as negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O Brasil, atualmente na presidência pro tempore do bloco sul-americano, tem como meta ambiciosa a conclusão deste acordo ainda no semestre, o que representaria um marco histórico nas relações comerciais do Mercosul com um de seus principais parceiros globais. A expectativa é que a aproximação com a França, como liderança europeia, acelere os procedimentos necessários para a ratificação final.Além das questões comerciais, a conversa entre Lula e Macron explorou o aprofundamento da cooperação em matéria de defesa. Essa vertente da relação bilateral sugere um interesse mútuo em fortalecer os laços em áreas estratégicas, que podem abranger desde o desenvolvimento conjunto de tecnologias de defesa até a colaboração em missões de paz e segurança regional. Esta abordagem demonstra uma visão de longo prazo para a parceria entre Brasil e França.Outro ponto de relevância mencionado nas conversas foi a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que terá o Brasil como sede em 2025, na cidade de Belém, no Pará. O envolvimento precoce de líderes como Macron na discussão sobre a organização e os objetivos da COP30 demonstra a importância que o Brasil atribui à pauta ambiental e seu papel na articulação global para o combate às mudanças climáticas, buscando um posicionamento de liderança nesse cenário.