A notícia sobre a potencial venda do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB) tem movimentado o cenário financeiro e político, revelando divisões significativas em diferentes esferas de poder. Relatos indicam que o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não vê a operação com bons olhos, expressando preocupações que reverberam no Banco Central (BC). Essa relutância ministerial contribui para um ambiente de incerteza quanto à aprovação final do negócio, alimentando especulações sobre os reais motivos por trás dessa oposição. Apesar das ressalvas, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, demonstra confiança no processo, afirmando que aguardarão o tempo necessário para a aprovação da compra pelo BC, indicando uma postura de cautela, mas também de perseverança na condução do processo. Essa declaração sugere que o banco patronal está preparado para enfrentar um período de análise rigorosa por parte dos órgãos reguladores. O tema também ultrapassou os círculos financeiros e chegou à esfera legislativa. A Câmara Legislativa do Distrito Federal já se pronunciou favoravelmente à operação, autorizando o BRB a proceder com a aquisição de uma participação no Banco Master. Essa aprovação local, contudo, não garante o aval das instâncias federais, que possuem peso maior na regulamentação do sistema financeiro. Em contraste com o apoio legislativo local, a Consultoria Legislativa identificou uma inadequação na compra do Banco Master pelo BRB, o que adiciona mais uma camada de complexidade ao debate. Essa avaliação técnica levanta questionamentos sobre a conformidade da transação com as normas e melhores práticas do setor, podendo influenciar a decisão final do Banco Central. Paralelamente, um grupo de entidades empresariais do Distrito Federal manifestou apoio à aquisição em carta aberta, destacando os potenciais benefícios econômicos e de desenvolvimento para a região, o que evidencia a polarização de opiniões em torno do assunto.