Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama do Brasil, elevou o tom em suas críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, utilizando termos pejorativos como pinguço e irresponsável. As declarações, divulgadas por diversos veículos de comunicação, foram feitas em contextos distintos, mas compartilham um fio condutor de forte oposição ao atual governo e de defesa das ações de seu esposo, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma das falas, Michelle comparou a posição de Bolsonaro após sua prisão domiciliar à de quem foi tirado da tomada, sugerindo uma inatividade forçada e um cerceamento de sua participação política. Esta analogia busca evocar uma imagem de vítima e de um líder impedido ilegalmente de exercer suas funções ou de se manifestar livremente. A ex-primeira-dama também dirigiu suas críticas ao eleitorado nordestino, afirmando que votar mais de uma vez no PT seria um ato de burrice. Essa declaração, além de ser classificada como elitista e preconceituosa por muitos críticos, ignora a complexidade do cenário eleitoral e os motivos pelos quais determinados partidos obtêm apoio em regiões específicas, desconsiderando fatores socioeconômicos e históricos. Ademais, Michelle Bolsonaro acusou o presidente Lula de ser o responsável por sanções impostas ao país, embora não tenha especificado quais seriam essas sanções ou o mecanismo pelo qual o atual governo as teria provocado. Essa acusação genérica visa minar a credibilidade da política externa e interna petista, associando-a a consequências negativas e isolamento internacional, sem, contudo, apresentar provas concretas ou argumentos fundamentados. A postura de Michelle Bolsonaro reflete a estratégia de um segmento bolsonarista que busca ativamente deslegitimar o governo atual, polarizar o debate político e manter viva a base de apoiadores do ex-presidente. Ao empregar um discurso inflamado e ataques pessoais, a ex-primeira-dama busca mobilizar seus seguidores e criar uma narrativa de resistência contra o que ela percebe como um desmantelamento dos valores e políticas defendidas por seu campo político durante o mandato de Bolsonaro.