Michelle Bolsonaro tem intensificado suas manifestações públicas com um discurso afiado contra o atual governo. Em recentes declarações, a ex-primeira-dama comparou a diplomacia brasileira a oferendas de frutas, utilizando a metáfora da jabuticaba oferecida por Lula a Donald Trump, para em seguida afirmar que o Brasil agora colhe abacaxis, sugerindo que as ações do presidente teriam consequências negativas para o país. Essa analogia busca traçar um paralelo entre a gestão passada e a atual, pintando um cenário de retrocesso sob o comando de Lula.

A crítica ao presidente Lula se estende a acusações mais pessoais e inflamadas. Michelle Bolsonaro chegou a classificar o presidente como “pinguço” e “cachaceiro”, qualificando o voto no PT como “burrice”, principalmente direcionando sua fala ao eleitorado nordestino. Tais adjetivos buscam descredibilizar a imagem de Lula, associando sua figura pública a vícios e falta de capacidade para governar, além de atacar a inteligência de seus eleitores. Essas falas se alinham a uma estratégia de polarização e desqualificação do adversário político.

Em paralelo às críticas a Lula, Michelle Bolsonaro tem reiterado seu apoio e defesa a Jair Bolsonaro. Ela descreveu a situação de seu marido, que enfrentou período de prisão domiciliar, como ter sido “tirado da tomada”, uma expressão que busca minimizar a gravidade das acusações e processos enfrentados pelo ex-presidente. Sua postura é clara em se apresentar como defensora de Bolsonaro e em trabalhar para sua eventual retorno ao cenário político, reforçando a narrativa de perseguição política.

A ex-primeira-dama tem utilizado diversas plataformas de mídia para disseminar suas opiniões, desde entrevistas a veículos de comunicação até pronunciamentos em eventos partidários. O objetivo central de suas declarações parece ser manter a base bolsonarista mobilizada e influenciar a opinião pública, especialmente em um período de consolidação do governo Lula e antecipação de futuras disputas eleitorais. Sua atuação no debate público reforça a importância da figura de Michelle como uma voz ativa dentro do espectador de direita.