Coelhos Zumbis: Vírus Causa Tentáculos e Alerta nos EUA
Coelhos selvagens no Colorado, Estados Unidos, têm sido o centro das atenções devido a imagens chocantes que circulam online, mostrando os animais com o que parecem ser tentáculos crescendo em suas cabeças. Inicialmente, a aparição desses ‘chifres’ gerou alarme e especulações sobre uma nova doença misteriosa ou até mesmo uma anomalia genética. No entanto, cientistas rapidamente identificaram a causa por trás dessa aparência bizarra: um parasita comum chamado Ribeiroia ondatrae. Este trematódeo, ao infectar larvas de rãs e sapos, pode causar deformidades. No caso dos coelhos, o parasita se aloja ao redor de órgãos vitais, incluindo o cérebro, estimulando o crescimento de nódulos ou projeções que se assemelham a tentáculos. Essas estruturas são, na verdade, uma resposta inflamatória do próprio animal ao parasita, que busca aumentar suas chances de sobrevivência e reprodução. A infecção acontece quando coelhos ingerem pequenos roedores ou aves que já foram infectados com os estágios larvais do parasita, que por sua vez, se originam em caramujos de água doce. A proliferação desses caramujos está, muitas vezes, ligada à qualidade da água e às condições ambientais locais. O ciclo de vida do parasita depende da interação entre caramujos, hospedeiros intermediários (como larvas de anfíbios) e hospedeiros definitivos (como aves de rapina e mamíferos que consomem os hospedeiros intermediários infectados). Embora a condição tenha sido apelidada popularmente de ‘coelho zumbi’, e as imagens sejam visualmente perturbadoras, a situação requer uma análise mais aprofundada sobre os impactos ambientais e a saúde pública. A presença desse parasita em nível populacional pode indicar desequilíbrios ecológicos, como a contaminação de corpos d’água e a diminuição da biodiversidade local. Pesquisadores estão monitorando a situação para entender a extensão da infecção e avaliar potenciais riscos para outras espécies de animais selvagens, bem como para o ecossistema em geral. Ações de monitoramento e controle podem ser necessárias para mitigar a disseminação do parasita e proteger a fauna local.