A recente exposição do influenciador Hytalo Santos pelo youtuber Felca, sob a acusação de adultização infantil, reacendeu a discussão sobre os cuidados necessários ao se lidar com o conteúdo direcionado a crianças e adolescentes nas plataformas digitais. A adultização, caracterizada pela exposição precoce de crianças a temas, comportamentos e estéticas adultas, pode ter consequências negativas significativas no desenvolvimento infantil, afetando a formação da identidade, a percepção de mundo e a saúde mental dos pequenos. Este fenômeno, intensificado pela popularização das mídias sociais, demanda um olhar atento de pais, educadores e da sociedade em geral. A prática de Hytalo Santos, investigada por Felca por quase um ano, envolveu um série de situações que, segundo o especialista, demonstravam uma apropriação inadequada da infância em prol de engajamento e monetização. A agonia sentida por Felca durante a investigação refletiu a gravidade das condutas observadas. Especialistas em desenvolvimento infantil ressaltam que a infância é um período crucial para a construção de alicerces emocionais e cognitivos, e a interferência de elementos adultos pode criar confusões e ansiedades, prejudicando a capacidade da criança de vivenciar e processar sua própria fase de desenvolvimento. As redes sociais, embora conectem pessoas e ofereçam oportunidades de aprendizado e entretenimento, também apresentam riscos consideráveis, especialmente para os mais vulneráveis. A velocidade com que conteúdos e tendências se propagam exige dos responsáveis um acompanhamento constante, a orientação sobre o uso seguro e crítico das ferramentas digitais e, em muitos casos, a necessidade de impor limites claros. A discussão sobre a responsabilidade dos influenciadores digitais e das próprias plataformas no que tange à proteção da infância é cada vez mais relevante, impulsionada por casos como o de Hytalo Santos, que colocam em evidência a urgência de regulamentações mais eficazes e de uma conscientização social mais profunda sobre o tema.