A administração de Luiz Inácio Lula da Silva está empenhada em salvaguardar suas políticas fiscais diante do espectro de um possível tarifaço, reminiscências das dificuldades enfrentadas durante a pandemia, quando custos evitáveis foram impostos ao Brasil, e o Congresso surge como um potencial fator de risco para o plano econômico, podendo agravar a situação com a imposição de mais gastos. A estratégia é blindar o plano contra medidas que resultem em um custo maior para o erário público, buscando evitar um efeito cascata de despesas não planejadas.Essa medida preventiva visa manter a folga fiscal do governo, que já se encontra sob pressão. A possibilidade de um aumento de impostos, potencialmente impulsionado por influências externas como as medidas tarifárias de Donald Trump, pode drenar os recursos disponíveis e limitar a capacidade de investimento em áreas prioritárias. A comparação com os desafios logísticos e econômicos do período pandêmico é um lembrete sombrio de como decisões em momentos de crise podem gerar passivos duradouros e dispendiosos para o país.O cenário financeiro exige uma gestão cautelosa e proativa. Instituições financeiras como, por exemplo, o Bradesco, buscam novas ferramentas, como a inteligência artificial, para mitigar perdas potenciais e antecipar cenários adversos, como a significativa perda de bilhões de dólares que pode advir de tarifas punitivas. Essa busca por eficiência e resiliência é um reflexo da volatilidade do mercado global e da necessidade de adaptação a novas realidades econômicas.A combinação de pressões internas, como as demandas do Congresso, e pressões externas, como as políticas comerciais internacionais e suas consequências tarifárias, exige uma resposta coordenada e estratégica do governo. O objetivo é manter a estabilidade macroeconômica e garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma eficiente, priorizando o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da população brasileira, mesmo em meio a um ambiente de incertezas. A capacidade de navegar por essas complexidades definirá o sucesso da agenda econômica do atual governo.