Secretário de Defesa dos EUA compartilha vídeo que questiona voto feminino
O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, se viu no centro de uma polêmica ao compartilhar em suas redes sociais um vídeo que promove a visão de que mulheres não deveriam ter o direito ao voto. A gravação apresenta pastores conservadores expressando essa opinião, que vai contra os princípios democráticos e de igualdade de gênero consagrados na maioria das nações modernas, incluindo os Estados Unidos. A atitude de Esper gerou forte repercussão e críticas de diversos setores da sociedade civil, defensores dos direitos das mulheres e representantes políticos. Esses grupos consideram inaceitável que uma figura de tamanha responsabilidade em uma democracia que se preza pela igualdade venha a dar visibilidade a um discurso tão retrógrado e discriminatório. A polêmica levanta questões importantes sobre a liberdade de expressão e a responsabilidade de figuras públicas, especialmente aquelas em posições de poder, ao escolherem quais conteúdos divulgar. Em um país que tem historicamente lutado pela expansão dos direitos civis e pela inclusão de todos os cidadãos no processo democrático, a divulgação de um vídeo que atenta contra o direito ao voto de metade da população é vista como um retrocesso e um desrespeito aos avanços conquistados. A disseminação desse tipo de conteúdo por uma autoridade do alto escalão do governo pode, inadvertidamente, legitimar discursos extremistas e antifeministas, contribuindo para a normalização de visões que buscam reverter conquistas sociais importantes. O debate em torno deste incidente também reacende discussões sobre o papel das redes sociais como plataformas de disseminação de ideias, e a necessidade de um olhar crítico sobre o que é compartilhado e por quem, especialmente quando envolve temas sensíveis e fundamentais para a estrutura democrática. Esper ainda não se pronunciou oficialmente sobre o conteúdo específico do vídeo e as razões que o levaram a compartilhá-lo, mas a pressão pública por uma explicação e um posicionamento claro sobre a importância do voto feminino em uma democracia é crescente.