Uma manobra política articulada por bolsonaristas no Congresso Nacional levanta sérias preocupações sobre a manutenção da proposta que prevê a isenção do Imposto de Renda para cidadãos com renda mensal de até R$ 3 mil. A articulação, que busca criar barreiras para a aprovação do projeto, tem como objetivo pressionar por pautas específicas do governo, potencialmente prejudicando milhões de trabalhadores brasileiros que aguardam o alívio tributário. O debate se intensifica à medida que o prazo para a votação se aproxima, gerando apreensão entre os beneficiários e especialistas em economia e política fiscal, que alertam para as consequências de tal obstaculização na recuperação econômica do país e na diminuição da desigualdade social. A isenção proposta visa ajustar a defasagem da tabela do IR, que não é corrigida há anos, fazendo com que cada vez mais brasileiros, mesmo com rendimentos baixos, passem a ser contribuintes. Essa situação impacta diretamente o poder de compra das famílias, especialmente em um cenário de inflação elevada e custos de vida crescentes. A correção da tabela seria um passo importante para garantir que a carga tributária seja mais justa e proporcional à capacidade de cada cidadão. Especialistas em finanças públicas destacam que a não correção da tabela do IR representa um aumento implícito de impostos, pois a inflação corrói o poder de compra, e sem o devido reajuste, as faixas de tributação acabam sendo aplicadas a rendas reais menores. A luta pela isenção se torna, portanto, uma batalha por justiça fiscal e por um sistema tributário mais equitativo, onde os mais necessitados não sejam penalizados pelo aumento do custo de vida.