Pesquisas alarmantes indicam que o câncer colorretal, uma das neoplasias mais incidências no Brasil e no mundo, poderá registrar um aumento expressivo de 36% em mortes ao longo das próximas duas décadas, com projeções apontando para o ano de 2040. Este dado preocupante coloca em evidência a urgência de estratégias mais eficazes de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento para combater essa doença que infelizmente tem afetado grandes personalidades, como a cantora Preta Gil, aumentando a visibilidade e a conscientização pública sobre o tema. A crescente incidência em todas as faixas etárias, incluindo jovens, é um fator que demanda atenção redobrada por parte da comunidade médica e da sociedade em geral, ultrapassando a antiga percepção de ser exclusivamente uma doença da terceira idade. A mudança nos hábitos alimentares, o sedentarismo e outros fatores ambientais e genéticos parecem estar contribuindo para essa tendência preocupante, especialmente em países em desenvolvimento onde o acesso à informação e aos exames preventivos pode ser limitado. É fundamental que a população, em especial os mais jovens, esteja atenta aos sintomas que podem variar desde alterações no hábito intestinal, sangramento nas fezes, dor abdominal persistente e perda de peso inexplicada. A detecção precoce é a chave para um prognóstico mais favorável e para a redução da mortalidade associada a este tipo de câncer, sendo o exame de colonoscopia um método diagnóstico de alta acurácia que deve ser considerado, sobretudo em indivíduos com histórico familiar da doença ou com mais de 45 anos. A comunidade científica trabalha incessantemente no desenvolvimento de novas terapias, como a imunoterapia e terapias-alvo, que prometem melhorar significativamente as taxas de sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes, mas enquanto isso, a principal arma contra o câncer colorretal permanece sendo a prevenção e a detecção precoce, aliadas a um estilo de vida mais saudável e a um acompanhamento médico regular, com especial atenção para as mudanças em nosso organismo que podem sinalizar a presença da doença. Por fim, é importante desmistificar a ideia de que câncer colorretal em jovens é uma doença completamente distinta daquela que afeta idosos, pois embora existam algumas particularidades genéticas e de agressividade, a base biológica e a necessidade de intervenção médica são as mesmas, reforçando a importância de não negligenciar os sintomas em nenhuma idade e de buscar auxílio profissional ao menor sinal de alerta.