Mão Morta: Desvendando o Sistema de Armas Nucleares da Rússia e o Contexto Geopolítico
A chamada Mão Morta, ou Perimeter, é um sistema de comando e controle automatizado de retaliação nuclear da Rússia, concebido para garantir que, mesmo que o comando militar russo seja tomado pelo inimigo em um ataque preventivo, a Rússia possa lançar um contra-ataque nuclear massivo. Esse sistema, operando de forma autônoma, monitora sinais de atividade sísmica, luminosa e de radiação que poderiam indicar um ataque inimigo. Ao detectar esses sinais, ele pode autorizar o lançamento de mísseis balísticos intercontinentais, mesmo sem intervenção humana direta, agindo como uma salvaguarda definitiva contra um primeiro ataque. A existência e capacidade da Mão Morta intensificam a complexidade da dissuasão nuclear global, levantando questões éticas e de segurança sobre a automação de decisões de lançamento de armas de destruição em massa. O principal objetivo do sistema é dissuadir qualquer nação de realizar um primeiro ataque nuclear contra a Rússia, pois a retaliação automática seria garantida, levando à destruição mútua assegurada (MAD), o princípio que tem sustentado a paz relativa entre as potências nucleares durante a Guerra Fria e além. As recentes declarações de figuras políticas, como Donald Trump, sobre movimentos de submarinos nucleares russos, e as reações vindas do Kremlin, demonstram a fragilidade e a constante tensão que envolvem o arsenal nuclear global. O envidado dos EUA se prepara para visitar Moscou em meio a esse cenário, sublinhando a necessidade contínua de diálogo e diplomacia para gerenciar os riscos inerentes às armas nucleares, especialmente em um contexto de crescente instabilidade geopolítica e retórica acirrada. A fala de Dmitry Medvedev, por exemplo, que oscila entre o humor negro e a ameaça direta, reflete o perigo sutil e a imprevisibilidade que cercam a doutrina nuclear russa e suas implicações para a paz mundial, exigindo monitoramento constante e esforços para desescalada.