A Rússia manifestou preocupação com o que considera uma escalada na retórica nuclear por parte dos Estados Unidos, especialmente após relatos sobre a movimentação de submarinos nucleares americanos. O Kremlin, através de porta-vozes, declarou que tais ações e discursos são prejudiciais à estabilidade global e podem instigar uma perigosa escalada de tensões. Moscou tem reiterado sua posição de que a dissuasão nuclear é um elemento de defesa, mas condena qualquer forma de provocação ou uso de linguagem alarmista que possa desestabilizar o cenário internacional. A diplomacia russa tem buscado manter canais de comunicação abertos, mesmo em meio às crescentes divergências, salientando a importância de evitar mal-entendidos que possam levar a cenários indesejados.

As menções a sistemas de armas nucleares russas de capacidade apocalíptica, como o sistema ‘Mão Morta’, ressurgiram em discussões públicas, gerando apreensão. Essa tecnologia, conhecida em inglês como Dead Hand, é um sistema de comando e controle automatizado de retaliação nuclear, projetado para garantir que a Rússia possa responder a um ataque nuclear mesmo que sua liderança e infraestrutura de comando sejam aniquiladas. Sua existência sublinha a natureza da guerra nuclear como um conflito de consequências catastróficas e irreversíveis, onde a capacidade de manter a segunda vaga é crucial para a dissuasão. A discussão sobre tais armas evoca o espectro da Guerra Fria e os desafios de controle de armamentos.

A movimentação de submarinos nucleares, como apontado em notícias recentes, faz parte das estratégias militares globais e é frequentemente interpretada como um sinal de prontidão e posicionamento estratégico. No entanto, no contexto de uma retórica mais acentuada sobre capacidades nucleares, tais movimentos podem ser vistos de forma diferente, aumentando a percepção de um aumento do risco. A Rússia, por sua vez, tem procurado projetar uma imagem de contenção, embora não hesite em responder a o que considera ameaças à sua segurança nacional. A resposta russa em minimizar as falas de Trump sugere uma tentativa de não se deixar arrastar para um debate público que possa ser explorado para fins de propaganda ou desestabilização.

As declarações e o comportamento de figuras políticas de alto escalão em relação a armas nucleares têm um impacto significativo na percepção pública e nas relações internacionais. A forma como a Rússia, através de figuras como Dmitry Medvedev, aborda essas questões pode gerar reações diversas, oscilando entre o receio e a incredulidade. A capacidade de uma nação deter ou retaliar com armas nucleares é um dos pilares da sua política de defesa, mas a maneira como essa capacidade é publicitada e utilizada em discursos políticos pode ser vista como um jogo de poder complexo. A ênfase em armas ‘apocalípticas’ ou ‘máquinas do fim do mundo’ pode, para alguns, ser uma tática de dissuasão psicológica ou um reflexo de tensões reais. A comunidade internacional observa atentamente essas demonstrações de poder e comunicação, buscando a manutenção da paz e segurança globais através de tratados e diplomacia.