Trump impõe tarifas ao Brasil em um ataque pós-Guerra Fria, diz The Economist
A recente imposição de tarifas pelo governo Trump sobre produtos brasileiros tem sido duramente criticada por analistas internacionais e senadores americanos, que a consideram uma das mais significativas interferências na América Latina desde o fim da Guerra Fria. Segundo a renomada publicação The Economist, a medida, destinada a pressionar o Brasil, estaria obtendo um efeito diametralmente oposto ao desejado, fortalecendo a imagem do presidente brasileiro e gerando uma onda de solidariedade regional. A agressão econômica não apenas prejudica as relações bilaterais, mas também levanta sérias preocupações sobre o respeito à soberania e às regras do comércio internacional. Essa abordagem unilateral por parte dos Estados Unidos pode ter ramificações de longo prazo para a estabilidade da região e a confiança nas instituições globais. Senadores de ambos os partidos políticos nos Estados Unidos expressaram forte desaprovação, classificando a ação como um claro abuso de poder que vai contra os interesses americanos. Argumentam que tais medidas protecionistas e coercitivas prejudicam empresas americanas que dependem de exportações para o Brasil e criam um precedente perigoso para futuras negociações comerciais. O apelo de alguns senadores para que Trump reavalie a decisão ressalta a preocupação com as consequências negativas, não apenas para o Brasil, mas também para os próprios consumidores e negócios americanos. A retaliação comercial, se concretizada, poderia inviabilizar o acesso a importantes matérias-primas e mercados para empresas dos EUA, gerando um efeito cascata que afetaria a economia americana de forma significativa.