O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar veementemente os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente aqueles que demonstram apoio ao ex-presidente americano Donald Trump. Em declarações recentes, Lula classificou essas manifestações de “sem-vergonha”, questionando a coerência de quem se alinha com figuras políticas que, segundo ele, representam retrocessos democráticos e sociais. A fala do presidente busca demarcar posições e reforçar o contraste entre sua visão de governo e a do seu antecessor, especialmente em um cenário internacional cada vez mais polarizado. O apoio de parte da direita brasileira a Trump, um político com um discurso nacionalista e controversas posições políticas, tem sido um ponto de atrito frequente nos debates públicos no Brasil. Lula, ao direcionar suas críticas, não apenas ataca a postura de seus opositores, mas também tenta capitalizar sobre as controvérsias que cercam lideranças internacionais de espectro semelhante ao de Bolsonaro. Essa estratégia visa fortalecer a imagem do Brasil no cenário internacional sob sua liderança, buscando reposicionar o país como um ator comprometido com os valores democráticos e com o multilateralismo, em oposição a um suposto “extremismo” que ele associa a Trump e seus aliados brasileiros. A comparação entre os dois blocos políticos frequentemente se estende a pautas econômicas, sociais e ambientais, onde as diferenças de abordagem e prioridade são marcantes, projetando um futuro divergente para o país dependendo de quem lidera ou tem o apoio popular. A menção aos “sem-vergonha” acirra ainda mais o embate retórico, sinalizando que a disputa política no Brasil promete continuar acirrada.