Governador do Rio estuda nomear Eduardo Bolsonaro secretário para evitar cassação
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, estaria considerando a criação de uma secretaria especial com o objetivo de nomear Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de São Paulo. A manobra visa proteger o mandato de Bolsonaro, que enfrenta um processo de cassação perante a Justiça Eleitoral. A decisão de cassação, caso confirmada, impediria Bolsonaro de exercer cargos públicos pelo período de oito anos. A possibilidade de uma nomeação para um cargo de nível secretarial no governo do Rio de Janeiro surge como uma alternativa para driblar a inelegibilidade.
A estratégia, segundo reportagens, estaria sendo articulada para oferecer a Bolsonaro um cargo que, em tese, não seria afetado diretamente pela decisão da Justiça Eleitoral sobre seu mandato de deputado. No entanto, a constitucionalidade e a legalidade de tal manobra já são questionadas, com o líder do PT no Senado, Randolfe Rodrigues, anunciando que acionará o Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que governadores utilizem tais expedientes para salvaguardar mandatos de outros políticos.
O caso de Eduardo Bolsonaro levanta discussões importantes sobre o uso de cargos públicos como ferramentas para evitar consequências legais. A decisão de cassação, caso se concretize, pode ter um impacto significativo na carreira política do deputado, que tem se destacado por suas posições conservadoras e alianças com o ex-presidente Jair Bolsonaro. A possibilidade de uma nomeação estratégica no Rio de Janeiro coloca em xeque a imparcialidade da gestão pública e o respeito aos processos democráticos.
O Supremo Tribunal Federal (STF) já estaria se preparando para analisar possíveis medidas que visem impedir manobras como essa, visando manter a integridade do processo eleitoral e a isonomia entre os candidatos. A situação de Eduardo Bolsonaro e a resposta do sistema judiciário e político a essa estratégia podem definir precedentes importantes para o futuro da política brasileira, especialmente em relação à moralidade e à ética no exercício do poder.