O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (22) que o governo federal está em fase adiantada de elaboração de um plano de contingência com o objetivo de neutralizar os efeitos negativos do chamado ‘tarifaço’ imposto pelos Estados Unidos. Essa iniciativa surge como resposta à potencial taxação de produtos brasileiros, uma medida que pode afetar significativamente o fluxo comercial entre os dois países e impactar diversos setores da economia nacional, como o agronegócio e a indústria. A preocupação do governo é garantir a estabilidade econômica e evitar um choque abrupto nas exportações brasileiras, mantendo o Brasil competitivo no cenário internacional. A estratégia visa garantir que o país não seja pego de surpresa por possíveis retaliatórias comerciais americanas, que poderiam comprometer o crescimento econômico em um momento delicado de recuperação pós-pandemia. Haddad ressaltou que o Brasil não pretende se retirar das mesas de negociação com os Estados Unidos, demonstrando o compromisso em buscar soluções diplomáticas e comerciais que beneficiem ambas as nações. O plano em gestação inclui a análise de medidas de apoio aos setores mais vulneráveis à nova política tarifária, além da busca por novas rotas comerciais e mercados alternativos para os produtos brasileiros que possam ser alvo das tarifas. A articulação com os demais ministérios e a Presidência da República tem sido intensa para definir o escopo e a aplicação das futuras ações. O objetivo é apresentar propostas concretas a Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta semana, consolidando uma estratégia robusta para salvaguardar os interesses nacionais diante do cenário internacional em constante mudança. O governo busca transmitir uma mensagem de firmeza e pragmatismo, demonstrando capacidade de resposta e adaptação às novas dinâmicas globais, sem comprometer os avanços já conquistados nos acordos comerciais e na inserção do Brasil no mercado internacional. A confiança na capacidade de negociação e na força dos acordos bilaterais é um dos pilares que sustentam a abordagem brasileira. “Estamos trabalhando em um plano de contingência para que o Brasil não sofra os impactos desse tarifaço que pode vir dos Estados Unidos”, disse Haddad, reafirmando o empenho do executivo em defender os interesses nacionais diante de quaisquer medidas protecionistas que possam surgir no cenário internacional. A postura do governo brasileiro é de prudência e proatividade, buscando antecipar e gerenciar riscos para assegurar a continuidade do desenvolvimento econômico e social do país, mesmo diante de desafios externos. O ministro também enfatizou que o Brasil continuará buscando o diálogo e a cooperação com os Estados Unidos, visando soluções mutuamente benéficas, mas sem abrir mão da defesa dos seus próprios interesses econômicos e comerciais. A expectativa é que o plano de contingência ofereça um conjunto de ferramentas e estratégias que permitam ao Brasil navegar por possíveis turbulências econômicas com maior segurança e resiliência, mantendo a estabilidade e a confiança dos agentes econômicos.