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Morre Jean-Claude Bernardet, ícone do cinema brasileiro, aos 88 anos

Jean-Claude Bernardet, um dos nomes mais influentes e respeitados no universo do cinema brasileiro, faleceu aos 88 anos. Sua partida deixa uma lacuna significativa no meio cinematográfico, onde atuou com maestria em diversas frentes: como rigoroso crítico, roteirista visionário, ator expressivo e, acima de tudo, um profundo pensador sobre a linguagem e a arte do cinema. Bernardet não apenas analisou, mas também ajudou a moldar a percepção e a crítica do cinema feito no Brasil, contribuindo para a formação de gerações de cinéfilos, estudantes e profissionais da área. Sua obra crítica, marcada por uma inteligência aguçada e um olhar agnostico para a cinematografia nacional e internacional, o consolidou como uma referência incontornável. Bernardet possuía a rara habilidade de desmistificar a complexidade da sétima arte, tornando-a acessível sem perder a profundidade de suas análises. Seus textos e ensaios são até hoje pilares para o estudo da história e da estética do cinema. Além de seu trabalho teórico e crítico, Bernardet também deixou sua marca como roteirista e ator, participando de filmes que se tornaram marcos na história do cinema brasileiro. Sua contribuição transcende a mera produção artística, alcançando o campo da reflexão teórica e da formação de opinião, o que o torna uma figura ainda mais relevante para a cultura do país. A notícia de seu falecimento gerou uma onda de comoção e homenagens por parte de colegas de profissão, admiradores e instituições culturais, que lamentam a perda de um intelectual e artista de tamanha envergadura. Jean-Claude Bernardet será lembrado por sua paixão inesgotável pelo cinema, por sua erudição e por sua capacidade de inspirar e provocar debates sobre a arte que tanto amou e dedicou sua vida. Sua obra e seu legado continuarão a influenciar e a nortear o pensamento crítico sobre o cinema brasileiro.