O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, trouxe à tona uma proposta controversa que sugere uma possível negociação entre o Brasil e os Estados Unidos durante a gestão de Donald Trump. A ideia central seria trocar o fim do chamado “tarifaço” imposto pelo governo americano, que afeta as exportações brasileiras, pela concessão de anistia a indivíduos investigados ou condenados por participação em atos golpistas e antidemocráticos que ocorreram no Brasil. Essa sugestão demonstra um afinamento de discurso dentro da direita brasileira, que parece encontrar um terreno fértil para articular ações em resposta às políticas comerciais americanas. A articulação para derrubar as tarifas pode ganhar força com essa conexão com temas políticos internos, buscando legitimar a defesa de pautas conservadoras através de argumentos econômicos. A movimentação da direita em torno do tarifaço de Trump tem sido coordenada, com diferentes veículos de comunicação dedicando atenção a essa questão. A análise de economistas como Maílson da Nóbrega, que classificou a medida de Trump como um “presente a Lula”, sugere que a equipe econômica do atual governo pode ter encontrado uma brecha para reverter o impacto negativo das tarifas. No entanto, a inclusão da questão da anistia na pauta de negociações acende um sinal de alerta sobre as prioridades e métodos que podem ser empregados para alcançar esses objetivos. Enquanto o Brasil enfrenta as consequências econômicas do tarifaço, a China, principal parceiro comercial do país, tem se posicionado em defesa dos interesses brasileiros no cenário internacional. Essa aliança estratégica demonstra a importância das relações diplomáticas e comerciais para a mitigação de crises. Paralelamente, a notícia de que Trump teria manifestado interesse em um encontro com o presidente Lula adiciona uma camada de complexidade às interações bilaterais, sugerindo possíveis diálogos em níveis mais altos. Em meio a essa turbulência diplomática e econômica, o Congresso Nacional demonstra ativação para lidar com a questão do tarifaço. A organização de caravanas de parlamentares aos Estados Unidos indica uma tentativa de pressionar o governo americano e buscar soluções diretas para o problema. Essa mobilização, se bem articulada, pode ter um impacto significativo na reversão das tarifas, mas a articulação paralela em torno de temas como anistia levanta debates sobre os limites da ação política e suas consequências a longo prazo para a democracia brasileira.