Ministério Público denuncia Augusto Melo e ex-diretores do Corinthians no caso VaideBet e pede R$ 40 milhões de indenização
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apresentou uma denúncia contra o atual presidente do Corinthians, Augusto Melo, e cinco ex-dirigentes do clube, envolvidos em supostas irregularidades na contratação do patrocínio da empresa VaideBet. A denúncia, protocolada na Justiça, aponta para a gestão passada e também para a atual, levantando suspeitas de fraude em um contrato que deveria injetar cerca de R$ 370 milhões nos cofres corintianos ao longo de três anos. O rompimento do acordo, anunciado em maio, gerou um impacto financeiro significativo para o clube, que agora busca se recuperar das perdas e esclarecer os fatos.
As investigações do MP-SP apuram a existência de um suposto esquema de propina, onde parte do valor do patrocínio teria sido desviada. Entre os denunciados estão o ex-diretor de marketing do clube na gestão passada, Silva Junior, e o ex-vendedor da Chic Shows, que intermediou o negócio, Alex Sandro da Silva. A VaideBet, por sua vez, alega ter sido vítima de um esquema criminoso e que também busca reaver os valores possivelmente desviados, reiterando seu compromisso em colaborar com as investigações para apurar todas as responsabilidades.
Diante do cenário de incertezas e dos impactos negativos na imagem do clube, o Ministério Público também solicitou uma indenização de R$ 40 milhões a ser paga ao Corinthians. Este valor visa cobrir os danos materiais e morais causados ao clube em decorrência das irregularidades apuradas. A Justiça agora analisará a denúncia e decidirá se acata ou não o pedido, o que poderá desencadear um processo judicial contra os envolvidos e a empresa terceirizada que atuou na intermediação do contrato.
O caso VaideBet coloca em xeque a transparência e a governança no futebol brasileiro, especialmente em um clube do porte do Corinthians. A busca por uma gestão mais profissional e eficiente torna-se ainda mais premente diante de escândalos como este. A expectativa é que a justiça atue de forma célere e rigorosa para apurar todas as condutas, garantir a reparação dos danos e fortalecer os mecanismos de controle interno para evitar que situações semelhantes se repitam, assegurando a credibilidade e a estabilidade financeira da instituição.