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SUS Amplia Tratamento para Endometriose com Novos Medicamentos

A endometriose é uma condição ginecológica crônica caracterizada pela presença do endométrio, tecido que reveste o útero, fora da cavidade uterina. Essa proliferação ectópica pode afetar diversos órgãos, como ovários, trompas e até mesmo intestinos e bexiga, causando dor pélvica intensa, dismenorreia (cólicas menstruais severas), dispareunia (dor durante a relação sexual) e infertilidade. A doença exige acompanhamento médico contínuo e, muitas vezes, terapias multidisciplinares para o manejo eficaz dos sintomas e das complicações. A oferta de novos tratamentos pelo SUS representa um avanço significativo no cuidado com a saúde feminina, democratizando o acesso a opções terapêuticas mais modernas e eficazes. O DIU hormonal, por exemplo, libera progesterona diretamente no útero, atuando localmente para inibir o crescimento do tecido endometrial fora do lugar e reduzir a inflamação, o que pode diminuir significativamente a dor associada à condição. Já o desogestrel é um contraceptivo hormonal oral que também tem se mostrado benéfico no controle dos sintomas da endometriose, agindo de forma semelhante ao suprimir o ciclo menstrual e assim reduzir a progressão da doença e o alívio da dor. A introdução destes tratamentos no SUS visa não apenas oferecer mais opções para as pacientes, mas também otimizar o manejo da doença, potencialmente reduzindo a necessidade de procedimentos cirúrgicos mais invasivos e a carga que a endometriose impõe ao sistema de saúde e à vida das mulheres. Espera-se que essa ampliação de recursos terapêuticos contribua para melhores desfechos clínicos e para a melhoria da qualidade de vida de milhares de brasileiras afetadas pela endometriose. O acesso a tratamentos adequados é fundamental para que as mulheres possam ter suas vidas impactadas o mínimo possível pela doença, permitindo-lhes manterem suas atividades diárias, profissionais e sociais sem as limitações impostas pela dor crônica e outros sintomas debilitantes. A notícia, impulsionada por avanços na pesquisa e no desenvolvimento de novas terapias, traz esperança e reforça a importância do investimento contínuo em saúde da mulher, reconhecendo a endometriose como uma questão de saúde pública relevante que demanda atenção e recursos para seu manejo integral e humanizado, desde o diagnóstico precoce até o tratamento e acompanhamento a longo prazo. A inclusão desses tratamentos no SUS reforça o compromisso do governo em garantir o acesso universal a cuidados de saúde de qualidade, especialmente para condições que afetam significativamente a vida das mulheres, promovendo assim maior equidade e bem-estar social.