O mercado de câmbio reagiu positivamente à possibilidade de um desenlace mais ameno nas disputas comerciais entre Estados Unidos e China. A decisão do presidente Donald Trump de postergar a elevação de tarifas sobre importações provenientes da China, originalmente prevista para o início deste mês, injetou um alívio na aversão ao risco global, impactando diretamente o desempenho do dólar. Analistas apontam que essa medida, embora temporária, abre espaço para novas rodadas de negociações e pode mitigar os efeitos negativos sobre o crescimento econômico mundial.

No cenário doméstico, a movimentação do dólar refletiu o otimismo internacional. A divisa americana operou em queda firme durante boa parte do dia, acompanhando a tendência observada em outros mercados emergentes. A redução da incerteza comercial tende a atrair fluxos de investimento para economias mais sensíveis a choques externos, como a brasileira. Contudo, os investidores permanecem vigilantes quanto a possíveis reviravoltas na retórica de Trump e à evolução das negociações entre as duas maiores economias do planeta.

Embora a notícia tenha proporcionado uma trégua, é importante notar que as tarifas sobre produtos chineses, em sua maioria, foram mantidas. A extensão do prazo, portanto, representa um adiamento e não uma resolução definitiva do conflito. O mercado de ações, por exemplo, operou com volatilidade, com o Ibovespa registrando um leve recuo em meio a essa incerteza subjacente. A percepção de risco permanece elevada, e qualquer sinal de escalada nas tensões comerciais pode reverter rapidamente o sentimento positivo.

A análise técnica para o minidólar (WDOQ25) também indica a importância dos níveis de suporte e resistência em um cenário de alta volatilidade. Traders acompanham de perto esses patamares para identificar potenciais pontos de entrada e saída, buscando se proteger contra movimentos bruscos na moeda. A dinâmica do câmbio continuará sendo influenciada pelos desdobramentos da política comercial americana e pela capacidade das duas potências econômicas de encontrarem um terreno comum.