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Lula critica a predominância do dólar e defende novas moedas em transações internacionais durante Cúpula do Brics

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante sua participação na Cúpula do Brics, fez declarações enfáticas sobre a necessidade de reformular o cenário financeiro internacional, criticando a hegemonia do dólar e propondo um caminho alternativo com o uso de moedas locais. Lula argumentou que a atual ordem financeira é desequilibrada e que o Brics, bloco que reúne economias emergentes como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, pode liderar essa transformação, promovendo maior soberania e igualdade nas relações comerciais entre os países membros. Sua fala ressoa com o desejo de um mundo multipolar, onde diferentes moedas e blocos econômicos tenham maior protagonismo. O líder brasileiro também abordou a composição do Brics, afastando qualquer associação do grupo com ideologias autoritárias extremistas, como nazismo e fascismo, posicionando o bloco como um espaço de cooperação e desenvolvimento para nações que buscam um novo ordenamento global. Essa declaração visa desmistificar visões deturpadas sobre o Brics e fortalecer sua imagem como um fórum de diálogo e construção de alternativas ao sistema capitalista hegemônico. Lula enfatizou que a busca por um sistema financeiro mais justo e representativo não é um ideal distante, mas uma realidade em construção, impulsionada pela vontade coletiva de países que buscam maior autonomia em suas políticas econômicas e monetárias, reafirmando que a desdolarização é uma tendência inevitável nesse novo cenário global que se desenha. As críticas de Lula à centralidade do dólar refletem um sentimento mais amplo entre países emergentes de que o sistema financeiro global atual não acomoda adequadamente os interesses e o peso crescente dessas economias, abrindo espaço para a discussão e implementação de mecanismos alternativos que garantam maior estabilidade e previsibilidade nas transações comerciais e financeiras internacionais, buscando assim um equilíbrio mais distribuído de poder econômico e financeiro no cenário mundial. A posição de Lula, ao defender a desdolarização e a autonomia monetária, alinha-se a uma agenda de multipolaridade e reforça a importância de fortalecer os laços comerciais e financeiros dentro do próprio Brics, explorando mecanismos de cooperação que permitam o intercâmbio em moedas locais e a criação de instrumentos financeiros que reduzam a dependência do dólar e promovam um sistema financeiro mais inclusivo e representativo.