Ex-mulher de Nem da Rocinha, Danúbia Rangel, é presa em maternidade após dar à luz
Danúbia Rangel, figura conhecida nas redes sociais como influenciadora digital e também pela sua relação com o traficante Antônio Francisco Bomfim Lopes, o Nem da Rocinha, foi detida por policiais em uma maternidade no Rio de Janeiro poucos momentos após o nascimento de seu filho. A prisão gerou repercussão imediata, com vídeos divulgados pela própria Danúbia expressando seu descontentamento e choque com a situação, alegando que não se havia entregado por conta dos riscos associados ao parto e que não cometeu crime algum. A defesa da ex-mulher de Nem contesta a legalidade da prisão, argumentando que a ação policial desconsiderou o estado de vulnerabilidade da mulher e de seu recém-nascido, levantando questões sobre a necessidade e a forma como a operação foi conduzida.
A identidade de Danúbia Rangel transcende a esfera do crime organizado, alcançando o universo digital como influenciadora. Essa dualidade, a de figura ligada ao tráfico e a de criadora de conteúdo com milhares de seguidores, frequentemente atrai atenção midiática e pública, gerando debates sobre a legitimação e as responsabilidades de personalidades em tais posições. Sua prisão, ocorrida em um momento tão delicado quanto o pós-parto, intensifica a cobertura jornalística e as discussões sobre justiça, direitos humanos e a aplicação da lei em casos que envolvem figuras públicas com antecedentes criminais.
O contexto da prisão de Danúbia Rangel está atrelado a investigações sobre atividades criminosas lideradas por Nem da Rocinha. A polícia a considera peça importante em esquemas de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. A alegação da defesa de que a prisão ocorreu de forma abrupta e sem a devida consideração com a saúde da mãe e do bebê adiciona uma camada de complexidade ao caso, exigindo uma análise aprofundada dos procedimentos legais e das circunstâncias que levaram à detenção. A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão, reafirmando as acusações contra ela.
Este evento levanta discussões importantes sobre justiça criminal, direitos das mulheres em situações de vulnerabilidade e o papel da mídia na disseminação de informações sobre casos que envolvem figuras públicas e o crime. A necessidade de equilibrar a aplicação da lei com a garantia de direitos fundamentais, especialmente em momentos como o pós-parto, torna-se pauta central neste caso, que continua sob análise e com desdobramentos esperados nos próximos dias.