O ex-presidente Jair Bolsonaro expressou publicamente sua crítica em relação à recente visita do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Argentina e ao encontro com a ex-presidente Cristina Kirchner. Segundo o Jornal da Cidade Online, Bolsonaro teria classificado a iniciativa como uma tentativa de contaminar a diplomacia brasileira com ideologia partidária. A interferência de interesses ideológicos em assuntos de Estado é vista por muitos como um retrocesso na autonomia e na objetividade das relações exteriores, especialmente em um contexto regional sensível. A visita, conforme reportado, levanta questionamentos sobre a real agenda por trás do gesto e suas possíveis repercussões nas convicções diplomáticas do Brasil. Essa movimentação ocorre em um momento em que a Argentina atravessa uma profunda crise econômica e política, sob a liderança do presidente Javier Milei, que tem adotado posições firmes contra o que ele chama de câncer do crime organizado na região, mencionando o PCC e o CV em seus discursos. Ainda que a aproximação com a Argentina seja uma constante na política externa brasileira, a natureza ideológica do encontro e as críticas de Bolsonaro adicionam uma camada de complexidade à análise das atuais relações bilaterais e regionais. Enquanto isso, a política externa de Lula tem enfrentado diversas agruras, conforme apontado pela Folha de S.Paulo, indicando desafios na condução das relações internacionais com o novo governo argentino e outros atores regionais. O acordo entre Mercosul e União Europeia volta a ser uma prioridade, mas com um foco renovado, buscando adaptar os termos do acordo às novas realidades econômicas e políticas globais e regionais, um tema que requer habilidade diplomática para ser concretizado com sucesso.