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Cid acusa advogados de Bolsonaro de tentarem defesa conjunta e contatarem sua família

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, prestou novas e contundentes declarações à Polícia Federal, detalhando alegações de que os advogados do ex-presidente teriam tentado obter informações privilegiadas sobre seu caso e ofereceram uma defesa conjunta. Essas revelações indicam uma tentativa de unificar estratégias e conter o avanço das investigações que envolvem ambos os réus, levantando sérias questões sobre a conduta processual e ética envolvida. A ação, segundo Cid, ia além da mera consultoria jurídica, aproximando-se de uma tentativa de manipulação de testemunho e acordo de cooperação para fins de salvaguarda mútua, algo que a lei brasileira pode considerar como obstrução da justiça. Cid detalhou ainda que houve contatos direcionados à sua filha menor de idade, buscando influenciar sua situação e acessar informações relevantes ao caso, o que agrava ainda mais a gravidade das acusações. A PF, diante dessas informações, marcou depoimentos de diversos advogados ligados a Bolsonaro para o mesmo horário, possivelmente para confrontar os relatos e colher o máximo de informações em um curto período, aumentando a pressão e a necessidade de respostas claras e concisas por parte dos acusados e envolvidos. A situação se tornou ainda mais complexa com a ordem de Alexandre de Moraes para que o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten e o advogado de Bolsonaro sejam interrogados pela Polícia Federal. Essa decisão do ministro do STF demonstra a seriedade com que as acusações de Mauro Cid estão sendo tratadas e a necessidade de esclarecimentos formais por parte dos citados, visando apurar a veracidade das denúncias e suas implicações legais. A coordenação e a temporalidade dos depoimentos sugerem uma estratégia de investigação para obter respostas mais diretas e possivelmente identificar responsáveis por eventuais ilícitos. As acusações feitas por Cid expõem uma potencial articulação para influenciar o andamento de investigações complexas que tramitam em instâncias superiores do judiciário brasileiro. A interação com a família de Cid, especialmente com a filha menor, configura um elemento particularmente grave, que pode ser interpretado como assédio e tentativa de coação, adicionando uma camada de preocupação ética e legal às já delicadas circunstâncias do caso. O desdobramento desses depoimentos será crucial para aprofundar a investigação e determinar os próximos passos processuais, podendo levar a novas consequências legais para os envolvidos.