Andressa Urach relata dor intensa após cirurgia para mudar cor dos olhos; entenda os riscos da queratopigmentação
A influenciadora Andressa Urach utilizou suas redes sociais para expressar sua insatisfação e relatar dores intensas após se submeter a um procedimento estético para mudar a cor de seus olhos. A queratopigmentação, técnica escolhida por Urach e que também foi noticiada em outras celebridades como Maya Massafera, consiste na pigmentação da córnea para alterar a tonalidade da íris. O desconforto e a dor relatados pela influenciadora levantam um alerta sobre os riscos inerentes a essa intervenção, que tem um histórico de controvérsias e é proibida em território nacional por órgãos reguladores de saúde devido à sua natureza experimental e aos potenciais efeitos adversos. A decisão de realizar tal procedimento, mesmo diante de sua proibição, reflete um anseio por transformações estéticas que muitas vezes superam a cautela com a saúde, um comportamento observado em diversas esferas da sociedade contemporânea onde a imagem pessoal é altamente valorizada. A queratopigmentação, embora possa parecer uma solução rápida para o desejo de ter olhos de outra cor, é um procedimento invasivo que envolve a inserção de pigmentos na córnea. As complicações podem variar desde inflamações, infecções, até danos permanentes à visão, incluindo a possibilidade de cegueira. A proibição no Brasil se deve à falta de estudos conclusivos sobre a segurança a longo prazo e à eficácia do procedimento, além do fato de que a manipulação da córnea pode comprometer sua transparência e saúde. Essa realidade contrasta com a percepção de alguns indivíduos que veem tais intervenções como meros tratamentos estéticos, ignorando o potencial impacto em funções vitais como a visão. A experiência de Andressa Urach serve como um estudo de caso real sobre as consequências de procedimentos estéticos de alto risco. O arrependimento que a influenciadora manifestou, somado às dores que tem enfrentado, reforça os alertas emitidos por oftalmologistas e órgãos de saúde. A busca por padrões de beleza muitas vezes levam a decisões impulsivas, sem a devida ponderação sobre os riscos envolvidos. É fundamental que indivíduos que considerem procedimentos semelhantes busquem informações completas e confiáveis, consultem profissionais de saúde qualificados e, acima de tudo, considerem a saúde ocular como um bem inegociável e insubstituível. Em um cenário onde a tecnologia avança rapidamente e novas técnicas estéticas surgem constantemente, é crucial que a regulamentação e a fiscalização acompanhem esse ritmo, protegendo a população de procedimentos não comprovados ou perigosos. A queratopigmentação, apesar de sua realização em alguns países, permanece sob escrutínio devido aos seus riscos. O debate sobre a liberdade individual na busca por modificações corporais versus a responsabilidade do Estado em garantir a segurança pública é complexo, mas no caso da saúde ocular, a cautela e a prevenção devem prevalecer, desestimulando práticas que possam comprometer irreversivelmente a visão.