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Haddad responsabiliza Campos Neto por Selic em 15% e defende ajustes fiscais

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em declarações recentes, direcionou a responsabilidade pelo patamar elevado da taxa Selic, atualmente em 15%, para a gestão anterior do Banco Central, liderada por Roberto Campos Neto. Haddad argumentou que a atual administração herdou um quadro fiscal deteriorado, com as contas públicas desorganizadas em 2022 durante o governo Bolsonaro, e que o trabalho atual é de reestruturação e busca por sustentabilidade. Essa atribuição de responsabilidade busca justificar as políticas de ajuste fiscal em curso e a manutenção de juros altos, segundo o ministro. O foco da Fazenda tem sido o controle de gastos para ancorar as expectativas de inflação e permitir um futuro corte nos juros. Haddad destacou que o aumento de gastos está congelado e só será liberado quando o país encontrar um caminho de sustentabilidade fiscal, um discurso que visa demonstrar compromisso com a responsabilidade fiscal perante os mercados e a sociedade. As declarações do ministro também tocam na questão da criação de novas vagas para deputados, onde Haddad expressou relutância em aceitar qualquer aumento de despesa pública neste momento, evidenciando a prioridade do governo em conter o endividamento. Essa postura reflete um esforço para reconstruir a credibilidade fiscal do Brasil, que teria sido abalada por decisões passadas, segundo a ótica do governo atual. A narrativa oficial é de que o trabalho é de arrumação das contas públicas, um processo que demanda tempo e medidas impopulares, mas necessárias para a estabilidade macroeconômica. A manutenção da taxa Selic em patamares elevados é vista pelo mercado como um reflexo da persistência inflacionária e da incerteza fiscal, apesar dos esforços do governo em comunicar uma trajetória de melhora. A comunicação do Ministério da Fazenda tem sido intensa na tentativa de persuadir sobre a capacidade do governo de equilibrar as contas e, consequentemente, viabilizar a queda dos juros e o crescimento sustentável da economia brasileira.