A eminente realização da 30ª Conferência das Partes (COP30) em Belém, no Pará, encontra-se em xeque devido a uma crise de hospedagem sem precedentes. Relatos de governos estrangeiros, ambientalistas e veículos de comunicação apontam para preços exorbitantes em hotéis e outros estabelecimentos, o que tem gerado forte pressão para que a Organização das Nações Unidas (ONU) considere a transferência do evento para outro local. A situação é agravada pela percepção de que o setor hoteleiro local estaria se aproveitando da demanda gerada pela conferência, elevando custos de forma indiscriminada e colocando em risco a participação de muitos delegados essenciais para o sucesso das negociações climáticas. A notícia foi amplamente divulgada por diversos veículos de imprensa, como JOTA, UOL, Valor Econômico e CNN Brasil, evidenciando a gravidade do problema e a necessidade de uma intervenção urgente por parte das autoridades brasileiras e da própria ONU. A expectativa é que a crise hoteleira se torne pauta central nas próximas discussões sobre a logística da COP30, podendo definir o futuro da conferência na capital paraense. A repercussão negativa pode impactar não apenas a imagem do Brasil como anfitrião de eventos internacionais, mas também a própria eficácia das discussões climáticas globais que a COP30 se propõe a debater. A gestão de custos e a transparência na precificação são pontos cruciais para garantir que eventos de tamanha magnitude sejam acessíveis a todos os participantes, desde delegações governamentais até representantes da sociedade civil e ativistas ambientais, que são pilares fundamentais para a pluralidade e o sucesso dos debates sobre o futuro do planeta. A sustentabilidade, mote principal deste tipo de conferência, deve ser aplicada desde a concepção e planejamento do evento, incluindo a acessibilidade financeira para todos os envolvidos na busca por soluções climáticas globais, desde a infraestrutura hoteleira até o transporte e alimentação, passando por todo o ecossistema logístico que envolve um evento de escala global. A Prefeitura de Belém e o Governo do Pará foram acionados para apurar a situação e buscar soluções que garantam a realização da COP30 em conformidade com os princípios de inclusão e acessibilidade, essenciais para o avanço das pautas ambientais em escala global, com potencial para inspirar práticas mais sustentáveis em diversos setores, desde a arquitetura de empreendimentos locais até a formação de profissionais alinhados com os desafios do desenvolvimento sustentável, visando a construção de um futuro mais resiliente e equitativo para todos. A preocupação com a sustentabilidade se estende para além das discussões climáticas, alcançando a forma como os eventos internacionais são organizados e vivenciados, buscando um impacto positivo e duradouro nas comunidades anfitriãs e na forma como os participantes interagem com o ambiente e a cultura local, promovendo um desenvolvimento que harmonize as necessidades humanas com a preservação ambiental e a justiça social.