Mauro Cid Recalculou Dinheiro em Sacola de Vinho e Braga Netto Nega Recebimento, Aponta CNN Brasil e CBN
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, detalhou em acareação no Supremo Tribunal Federal (STF) o modus operandi para repasse de fundos, afirmando ter calculado valores recebidos em sacolas de vinho pelo seu peso. A declaração surge em meio às investigações sobre a participação de membros do alto escalão em um plano para impedir a posse do atual presidente e manter Bolsonaro no poder. A CNN Brasil e a CBN reportaram que Cid reafirmou suas declarações anteriores, apresentando uma narrativa sobre como lidava com grandes quantias monetárias que levantou questionamentos sobre a legalidade e o destino desses recursos. A metodologia de cálculo pelo peso, em vez de contagem direta, sugere um esforço para dissimular a origem e a finalidade do dinheiro, possivelmente relacionado a atividades ilícitas ou ao financiamento de ações antidemocráticas.
Paralelamente, General Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, negou veementemente ter recebido qualquer quantia de Mauro Cid em uma sacola de vinho. A acareação, realizada no âmbito da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado, buscou esclarecer as inconsistências nas declarações prestadas pelos envolvidos. A postura de Braga Netto em negar o recebimento contrasta com as afirmações de Cid, evidenciando um conflito direto de testemunhos que o STF precisará dirimir. Essas divergências são cruciais para determinar a extensão da participação de cada indivíduo no alegado plano golpista e para a construção de uma narrativa coesa sobre os eventos.
Outro ponto relevante destacado pela CNN Brasil foi o alerta feito pelo Ministro Alexandre de Moraes ao ex-Procurador-Geral da República, Augusto Aras, sobre a necessidade de agir prontamente para evitar a consumação de um crime contra o Estado Democrático de Direito. A imprensa também mencionou que Frederico Wassef, advogado da família Bolsonaro, admitiu ter recebido dinheiro de Cid, mas alegou ter sido pago por honorários advocatícios. Essas revelações adicionais lançam mais luz sobre a complexa teia de relações e transações financeiras que estão sob escrutínio pelas autoridades.
A série de acareações conduzidas pelo STF visa consolidar as provas e esclarecer os fatos relacionados à tentativa de golpe de Estado. A expectativa é que os depoimentos e as confrontações de testemunhos permitam aos investigadores e aos ministros do tribunal formar uma convicção sobre a culpabilidade ou inocência dos réus. A atuação do STF nesse caso é vista como fundamental para a manutenção da democracia e para o fortalecimento das instituições republicanas, demonstrando a capacidade do judiciário de investigar e punir aqueles que atentam contra o Estado de Direito.