Irã ataca base dos EUA no Catar e Trump ironiza revide; o que se sabe até agora
O Irã lançou mais de uma dúzia de mísseis balísticos contra duas bases militares no Iraque que abrigam tropas americanas e da coalizão, em retaliação ao assassinato do general iraniano Qassem Soleimani em um ataque de drone dos EUA em Bagdá. As bases atingidas foram Al-Asad e Erbil, localizadas no oeste e norte do Iraque, respectivamente. O ataque ocorreu durante a madrugada no Iraque, horário em que o general Soleimani foi morto. Funcionários americanos afirmaram que os sistemas de defesa dos EUA foram capazes de interceptar a maioria dos mísseis, e que não houve vítimas entre o pessoal americano ou da coalizão. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em pronunciamento que o Irã parece estar recuando e que os Estados Unidos responderão com um contra-ataque poderoso, caso o Irã decida continuar com suas ações. Ele também disse que os Estados Unidos nunca permitirão que o Irã possua armas nucleares. O governo iraniano, por sua vez, classificou o ataque como um ato de autodefesa e um aviso ao regime dos EUA, enfatizando que o Irã não busca escalada militar na região, mas que responderá com firmeza a qualquer agressão.Trump, em sua característica ironia, agradeceu ao Irã por ter emitido um aviso com antecedência sobre os ataques, afirmando que isso permitiu que os militares americanos se preparassem e evitassem fatalidades. Ele descreveu o ataque como um sinal de fraqueza por parte do Irã, insinuando que o regime iraniano não tem a capacidade ou a intenção de um conflito em larga escala. O presidente também reforçou o compromisso dos EUA em manter a segurança na região, mas ressaltou que a prioridade é a segurança americana, sugerindo que os EUA não buscariam uma guerra aberta, mas estariam preparados para retaliar caso necessário. A comunidade internacional acompanhou os desenvolvimentos com apreensão, com diversos líderes pedindo moderação e diálogo para evitar uma escalada do conflito. A situação gerou grande instabilidade no Oriente Médio e preocupações sobre o impacto na economia global, especialmente nos preços do petróleo.A situação em Doha, capital do Catar, onde também se localizam bases americanas, foi descrita como de caos por uma cidadã brasileira que reside na cidade. A declaração sugere que, apesar dos avisos e da interceptação dos mísseis, a tensão na região é palpável e o medo de um conflito mais amplo afeta a vida cotidiana das pessoas. Muitas famílias buscaram informações sobre a segurança de seus entes queridos que possam estar na região e expressaram preocupação com a possibilidade de o Irã identificar e atacar outras bases americanas no Oriente Médio, além das já alvejadas no Iraque. A mobilização e o estado de alerta nas bases americanas no Oriente Médio aumentaram consideravelmente após os ataques, com a expectativa de que o Irã possa tentar novas ações em resposta à presença militar americana na região. A atuação do Irã, ao atacar bases conhecidas por abrigar militares americanos, demonstra um conhecimento prévio e específico dos alvos potenciais sob controle dos Estados Unidos no Oriente Médio, levantando questões sobre a inteligência e a capacidade de vigilância do país persa em relação aos seus adversários na região. O ataque, embora simbólico e sem vítimas fatais, serve como um claro indicativo do Irã sobre sua disposição em defender seus interesses e retaliar ações que considere hostis, mantendo o Oriente Médio sob intensa pressão diplomática e militar.