A chegada do inverno traz consigo uma forte massa de ar polar que promete derrubar as temperaturas em diversas regiões do Brasil, com destaque para Santa Catarina. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já emitiu alertas para a queda brusca de temperatura e a possibilidade de chuvas intensas em várias partes do país. Em Santa Catarina, a principal preocupação é com o fenômeno conhecido como ‘geada negra’, que pode causar danos severos à vegetação, especialmente às culturas agrícolas, devido à sua capacidade de queimar os tecidos das plantas sem necessariamente congelar a água em seu interior, um efeito muitas vezes mais destrutivo do que a geada comum. A ocorrência deste fenômeno está diretamente ligada a condições de frio extremo e alta umidade.

Em São Paulo, a expectativa é de que as temperaturas caiam para mínimas de até 4°C nesta semana, marcando as temperaturas mais baixas do ano. Essa massa de ar polar é tão potente que afetará amplamente o território nacional, configurando o que muitos especialistas chamam de a principal massa de ar frio do ano. A amplitude térmica esperada é significativa, com previsões que vão desde temperaturas negativas até valores mais elevados, como 37°C, dependendo da região e do horário, evidenciando a dinâmica complexa do sistema climático em jogo.

As projeções indicam que o início do inverno será marcado por essa instabilidade climática, com uma variação térmica considerável e o risco de chuvas volumosas, chegando a até 100 mm em algumas localidades. Essa combinação de fatores – frio intenso, geadas e precipitação elevada – pode impactar diversos setores, desde a agricultura, com perdas potenciais de safra, até o cotidiano da população, que precisará se adaptar às baixas temperaturas e às condições climáticas adversas que se estenderão por semanas.

Diante desse cenário, órgãos de defesa civil e meteorologia reforçam a importância de o público estar atento aos alertas e se preparar para as mudanças bruscas no tempo. A orientação é para que as pessoas busquem informações atualizadas e tomem as devidas precauções para evitar transtornos e garantir a segurança, tanto em suas residências quanto no deslocamento. A resiliência das comunidades e a capacidade de adaptação às condições climáticas extremas serão cruciais durante este período.