O ex-presidente Jair Bolsonaro tem reiteradamente negado qualquer envolvimento ou conhecimento sobre as alegações de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria sido utilizada para monitorar ilegalmente adversários políticos durante seu mandato. Em declarações públicas, Bolsonaro classificou as acusações como uma “fantasia” e uma “narrativa” criada por seus opositores, questionando sua própria necessidade em saber a localização de indivíduos específicos. A defesa do ex-presidente tem focado em descredibilizar as investigações, sugerindo que se trata de uma tentativa de manchar sua imagem e a de seu governo. A postura firme de Bolsonaro contrasta com as revelações que emergem das investigações, que apontam para um esquema que teria operado fora dos canais oficiais da Abin, levantando sérias preocupações sobre o uso indevido de órgãos de inteligência para fins políticos. O caso levanta debates sobre a autonomia e o controle das agências de inteligência em regimes democráticos, especialmente a necessidade de mecanismos eficazes de fiscalização para prevenir abusos.