O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (24) a nova prisão de um mecânico que havia sido liberado após quebrar um relógio histórico, peça pertencente a  Dom João VI, durante os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A decisao do ministro atende a  um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e reverte a decisao do juiz federal de Minas Gerais que havia concedido liberdade provisória.

O indivíduo em questao, identificado como um mecânico goiano, foi um dos envolvidos na depredação de patrimônio público ocorrida em Brasília. Além de danificar o relógio de Dom João VI, um item de valor inestimável para a história do Brasil e de Portugal, o homem também participou ativamente de outros atos de vandalismo contra edifícios públicos, como o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.

O juiz federal, em sua decisao anterior, havia argumentado que os danos causados pelo mecânico não eram graves o suficiente para justificar a prissao preventiva, concedendo-lhe liberdade condicional. No entanto, a PGR contestou a decisao, argumentando que a soltura do indivíduo representava um risco à ordem pública e à investigação dos crimes cometidos em 8 de janeiro, que foram classificados como atos golpistas e antidemocráticos.

Com a nova ordem de prisao, o caso ganha mais um capítulo na apuraçao dos responsáveis pelos ataques de janeiro de 2023. A decisao de Moraes reforça o posicionamento do STF no combate à impunidade e na responsabilizaçao de todos os envolvidos nos atos que atentaram contra as instituições democráticas brasileiras, buscando a preservação da história e do patrimônio cultural do país.