Em uma declaração contundente durante sua participação no podcast Mano a Mano, apresentado por Mano Brown, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou com firmeza sua intenção de concorrer à presidência em 2026. A motivação central reside na necessidade de garantir a continuidade e o fortalecimento do projeto político que ele lidera, especialmente no que tange à estabilidade democrática e ao avanço social. Lula enfatizou que entrará na disputa com o objetivo primordial de vencer, o que sugere uma estratégia focada em mobilizar a base eleitoral e consolidar o apoio necessário para tal empreitada. Essa decisão, embora não totalmente surpreendente, reafirma seu protagonismo no cenário político brasileiro, indicando um embate direto contra as forças da extrema-direita que o sucederam na presidência. A busca por derrotar o que ele define como a extrema-direita é um tema recorrente em seus discursos, refletindo uma visão de polarização política em que seu governo se insere.

Durante a conversa com Mano Brown, o presidente fez uma analogia impactante, comparando a situação atual do Brasil, especialmente em seu contexto social e político, à sensibilidade da Faixa de Gaza. Essa comparação, embora carregada de simbolismo, visa transmitir a gravidade dos desafios enfrentados pelo país e a urgência de superá-los. Lula utiliza essa metáfora para sublinhar o que percebe como os efeitos nocivos e duradouros do governo anterior, sugerindo um país que necessita de profunda reconstrução em diversas esferas. A fala evoca um cenário de dificuldades e reconstrução, onde a volta ao poder não seria apenas uma questão de continuidade, mas de redenção e de reparação de danos percebidos. Este paralelo com um território em conflito demonstra a intensidade com que o presidente avalia o impacto do mandato 2019-2022.

Ademais, o presidente Lula abordou a questão da regulação das redes sociais, um tema de crescente importância no debate público sobre a disseminação de informações e o combate à desinformação. Ao expressar apoio a essa regulação, Lula demonstra preocupação com o ambiente informacional e o impacto das plataformas digitais na sociedade. A regulação, em sua visão, seria um passo necessário para garantir um ambiente online mais seguro e confiável, combatendo a proliferação de notícias falsas e discurso de ódio, elementos que, segundo ele, foram amplificados em períodos anteriores. Essa posição alinha-se com discussões globais sobre a responsabilidade das big techs e a necessidade de frameworks legais que protejam a democracia e os cidadãos.

A entrevista no podcast Mano a Mano fortalece a narrativa de Lula como um líder engajado em um projeto de longo prazo para o Brasil. Sua declaração sobre a candidatura em 2026, aliada às críticas ao governo anterior e ao posicionamento sobre a regulação das redes, compõe um quadro político onde o presidente se articula para manter sua relevância e influenciar o futuro do país. A comparação com Gaza, embora controversa, serve para mobilizar e alertar sobre os riscos que, em sua ótica, a nação ainda corre. A preparação para uma nova disputa eleitoral já está em curso, e as falas no podcast são um indicativo claro das estratégias e das bandeiras que Lula pretende defender nos próximos anos, visando consolidar sua base e expandir seu eleitorado.